Vingadores: Guerra Infinita vai além da fórmula Marvel

Hoje, 25 de março, foi cabine de imprensa de Vingadores, e creio que foi a primeira vez que após ver um filme da Marvel, no seu fim, não estavam todos sorridentes e aliviados, empolgados para conversar sobre o filme. O que vi foram pessoas (me incluo) completamente pasmas com o longa que haviam assistido, notando a diferença de tom nos créditos, pois não eram coloridos e animados como sempre são, era apenas uma tela preta com os nomes e uma música instrumental lenta de fundo e querendo saber como os ocorridos serão resolvidos nos próximos longas.

thanos

Thanos, como previsto, é o protagonista (e que protagonista!). Não demora mais que 5 minutos para mostrar a que veio. Sua primeira aparição é dentro da nave que leva os refugiados de Asgard. Aparentemente, ele e seus servos da Ordem Negra eliminaram todos, exceto Thor, Loki, Heimdall e Hulk (Valquíria sequer é citada), então se inicia o primeiro combate do filme.

Assim como Killmonger (Michael B. Jordan), o vilão tem seu lado emocional e suas motivações bem exploradas, méritos ao roteiro e principalmente a Josh Brolin que consegue transmitir isso ao público muito bem. Há uma tentativa de fazer o espectador criar uma empatia pelo vilão, por mais que ele seja cruel, doentio e não meça esforços para conquistar as seis Joias do Infinito.

No início do filme, a ausência de alguns personagens, como Gavião-Arqueiro e Homem-Formiga, é rapidamente explicada, já de outros não. A princípio, é possível notar a divisão dos personagens em quatro frentes, e assim como em Capitão América: Guerra Civil, os Russo Brothers desenvolvem bem cada uma. A dinâmica entre Thor e Rocket Raccoon e entre os Peters (Parker e Quill) funciona muito bem na telona. No fim há dois grupos apenas, um em Wakanda protegendo a Joia da Mente e o outro no planeta natal de Thanos, Titan, protegendo a Joia do Tempo.

Como esperado, há mortes de personagens importantes, algumas até um pouco inesperadas. O humor da famosa ”Fórmula Marvel” é facilmente notado no filme, mas não chega nem perto de ser uma comédia como Thor: Ragnarok ou Guardiões da Galáxia (queridos leitores, eu adoro esses filmes, mas devemos concordar que é um humor que não cabe nesse momento). Os momentos sérios e trágicos são mais frequentes, e devo dizer que esse é um dos longas do estúdio que mais chega perto de dar o devido peso aos acontecimentos e às suas consequências.

TEORIA/TRECHO COM SPOILER:

 

 

Para quem já assistiu, sabemos que Thanos alcançou seu objetivo, conseguiu todas as Joias e já dizimou parte da humanidade. Porém dois diálogos entre Doutor Estranho e o Iron Man me fazem sentir que está tudo sob controle e o Mago tem total ciência disso. O primeiro é aquele em que o vilão está prestes a matar Stark, então Strange diz para Thanos que lhe dará a Joia do Tempo se poupar a vida de seu companheiro. Feito isso, o Titã vai para Wakanda, mas os Heróis permanecem no espaço e então Stark questiona o porque cedeu o artefato ao inimigo, então Strange responde: ”Era o único jeito”. Relembrando cenas antes, logo após chegaram ao planeta Titan, o Mago estava analisando as realidades alternativas e diz para Tony que analisou mais de 14milhões de possibilidades e apenas em uma eles saem vitoriosos. Unindo esses dois trechos é possível constatar que Stephen Strange sabia que era preciso que Thanos ganhasse aquela batalha para futuramente perder a guerra.

Nerd: Felipe Cezar

Felipe Cezar cresceu num meio nerd. Sua mãe era leitora assídua de quadrinhos durante a juventude e passou isso adiante na família. Desde os 4 anos jogava os games clássicos de PSOne e via a trilogia clássica de Star Wars em fita VHS. É um estudante de jornalismo que ama audiovisual, quadrinhos e fotografia.

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