Série “Lux” retorna, e dessa vez para um emocionante último arco!

Os alienígenas mais famosos da literatura, nos últimos 4 anos, estão de volta! Desta vez para encerrarem a história e, finalmente, nos deixarem saber se estão, pela primeira vez, os humanos com razão em agirem de forma horrenda em prol da sobrevivência, ou os Luxen são de fato os mocinhos inocentes que todos alegam.

Depois de muito drama romântico, brigas que nos tiraram inúmeras risadas, cárcere privado, mortes lamentáveis e um espetáculo nas ruas de Las Vegas como a cidade nunca viu, relevando um segredo com o qual os humanos nunca estariam prontos para lidar, o final de “Originais”, quarto livro da série de Jennifer L. Armentrout pegou os leitores desprevenidos. Milhares de luxen chegaram a terra… e diferente do que pensávamos, eles não parecem muito amigáveis como Daemon, Dee e Dawson.

Depois do desfecho apresentado pela autora no quarto livro, inevitavelmente “Opostos” vem para dar vida ao tão aguardado conflito entre humanos e alienígenas. O ato desesperado de Daemon em Las Vegas, para evitar que fosse recapturado pelo Daedalus deixou o mundo saber que algo diferente e novo está vivendo entre os seres humanos, assim como causou uma reação de sua própria espécie. E as chances de uma coexistência pacífica não parecem muito certas.

Opostos1

A série já havia ganhado um tom mais denso e maduro há alguns volumes, e em Opostos isso não poderia ter ficado mais claro. Uma guerra pode estar prestes a começar e as coisas estão se tornando cada vez mais sérias e complicadas para Katy, Daemon e companhia, então o caráter jovial e cômico, cativantes em Obsidiana, sumiram quase que totalmente das páginas.

Esse novo livro é uma nova etapa na vida de cada um dos personagens, o momento de eles se tornarem adultos e aprender a lidar com as próprias escolhas e vida. Ele nem mesmo tem uma amplitude de narrativas como os demais, para que seu cerne seja a guerra e a maneira como ela vai afetar Daemon, Katy e todos os que conhecem, nada foi deixado para distração. Há apenas guerra e as questões morais e éticas as quais os protagonistas terão  que enfrentar ao tomarem suas decisões perante as mais difíceis perguntas de suas vidas, “Humanos ou Luxen?”, “salvar aqueles que amamos ou fazer o que é certo?”.

Parece uma narrativa clichê? Sim! Porque de fato ela é. A grande parte das distopias vão estar voltadas para esse cenário pós-apocalíptico Opostos2que utiliza da ficção para construir uma crítica acerca do comportamento humano. É essa característica que definiu o gênero e não adianta esperar algo diferente. Mas, o que sempre torna distopias como Lux em obras muito boas, é saber inovar com outros elementos narrativos, além de criatividade para um enredo único.

O livro não tem nada grandiosamente novo. Séries extensas não costumam ter. Mas ele não é previsível ou igual. É uma continuidade necessária, que vai, de forma emocionante, amarrar as pontas soltas que restaram, e responder a perguntas que anteriormente foram levantadas. É uma leitura que segura o leitor facilmente em cada palavra, e proporciona uma viagem de inconstâncias, perigos, aventuras e reflexões, que possibilitam deixar nossa realidade ao mesmo tempo em que pensamos em aspectos importantes sobre ela.

Opostos é de fato aquilo que todos os últimos livros são, um último encontro e o aguardado desfecho. Ele reúne praticamente tudo que fez da série o que ela é, que conquistou seus fãs e tornou seus personagens amados. Ele é o amor do Daemon por seus familiares. A lealdade de Katy a Daemon e seus amigos, mas também a sua espécie. O carisma de Jennifer misturado à seu humor ácido e irônico. O leitor apaixonado e ávido, que acaba o livro nostálgico, pronto para dar reset, começar toda a trajetória novamente e na esperança de um pouco mais.

 

OPOSTOS

AUTOR: Jennifer L. Armentrout;

TRADUÇÃO: Bruna Hartstein;

EDITORA: Valentina;

ANO: 2018;

PREÇO: 30 reais, em média.

 

Nerd: Ana Giese

A louca com compulsão obsessiva em comprar livros e estudante de jornalismo! Que ama Harry Potter, se apaixona constantemente por personagens fictícios e passa 14 horas assistindo Netflix. Pelo menos sabe precisar de uma visitinha ou duas ao psicólogo!!

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