Os Baudelaire ainda não se dão bem! – Crítica da segunda temporada de Desventuras em Série

Essa série vai destruir a sua noite, a sua vida e o seu dia. Cada episódio é nada além de desgosto, então desvie o olhar”, esse seria o melhor conselho para quem caiu de paraquedas no catálogo da Netflix e escolheu assistir a segunda temporada de Desventuras em Série. Apesar do elenco infantil, a série não tem nadarepito: NADA! – de gracioso. 

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Os novos episódios deliciam aqueles que buscam se divertir com a desgraça dos órfãos Baudelaire que perderam os pais em um incêndio, provocado pelo ator de teatro (e vilão) Conde Olaf (Neil Patrick Harris). Se você não é esse tipo de pessoa, “desvie o olhar”, pois as aventuras dos irmãos estão ficando cada vez mais arrepiantes.

Desventuras em Série é a história de Violet (Malina Weissman), Klaus (Louis Hynes) e Sunny Baudelaire (Presley Smith) e conta com 13 livros. A adaptação para a Netflix divide a saga em três temporadas e 26 episódios – sendo, a cada dois episódios, um livro. A série retornou dia 30 de Março de 2018 com a segunda temporada.

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Foram introduzidos na trama novas personagens, como a adorável Carmelita Spats (Kitana Turnbull) e os trigêmeos Isadora (Avi Lake) e Duncan Quagmire (Dylan Kingwell) – Quigley, o terceiro irmão, morreu num incêndio. Sem dúvida alguma, a série conta com um dos melhores elencos infantis vistos na televisão. Os veteranos, também, estão mais profundos. A segunda temporada não fica presa tanto na apresentação de personagens e, sim, na construção deles.

A série continua com o mesmo visual da primeira e elas, esteticamente, são parecidas. Os cenários e figurinos permanecem extremamente exagerados, assim como as personalidades do Conde Olaf – que, agora, não é o único que se disfarça. Os elementos teatrais são ainda mais intensos, com diversas referências aos musicais e ao sapateado. Toda a composição estética, por causa do excesso, leva o espectador a uma realidade desconexa e distante da nossa.

Neil Patrick Harris mostra, ainda mais, todos os méritos por estar interpretando Conde Olaf. Nessa nova temporada, as comparações com o ator Jim Carrey (que interpretou o mesmo papel no filme de 2004) são insuficientes. O Olaf da série é mais intenso, assustador e irônico.

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Apesar do desnecessário cliffhanger do último episódio, a segunda temporada envolve mais do que a anterior e amarra as pontas soltas. Mesmo assim, mais segredos são adicionados e deixados para a terceira temporada. É perceptível que o roteiro está caminhando para a conclusão, mas as desventuras dos órfãos Baudelaire não deixam de ser deliciosas e cativantes. Agora, é só esperar pela próxima.

SPOILER: Os Baudelaire não se dão bem!

Nerd: Giovanna Romano

Giovanna Romano já nasceu em uma família nerd. Desde os seus cinco anos, já jogava fps no Play 2 e se divertia com os filmes de O Senhor dos Anéis - enquanto as amiguinhas assistiam Barbie. Hoje, estudante de jornalismo e formada em fotografia, ela continua com o legado geek passado de geração para geração.

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