Os melhores jogos indie de 2018

O mercado de games mundial cresce a cada ano e passamos por um momento onde ser gamer é grande jornada de vida ou um mal para seu bolso. A maioria dos lançamentos feitos pelas grandes produtoras são caros, tornando nossa vida um pouco complicada, afinal temos boletos para pagar!

Um mercado antes considerado nichado que vem crescendo aos poucos e ganhando espaço são os Indies Games. As grandes produtoras começaram a olhar com mais cuidado para esses títulos lançados por jovens na garagem de casa, afinal além de serem criativos e inovadores, os indies são uma opção barata para quem quer um tipo diferente de aventura.

Pensando nesse nicho de mercado e que 2018 foi um grande ano para eles, preparei uma lista com os títulos que mais gostei de jogar.

Vigilante Ranger

Na BGS 2018 (Brasil Game Show) conheci o estúdio brasileiro Sinergia Studios, com alguns jogos indies em realidade virtual. Encontrei Vigilante Ranger, que está em grande destaque em algumas plataformas VR, principalmente para celulares Android e do Galaxy VR da SamSung. Com a jogabilidade muito semelhante a um tower defense, você tem que defender seu território enfrentando um exército de máquinas. O que mais chama atenção é a jogabilidade adaptada, onde você utiliza a visão do VR para trocar de torres e fazer update facilmente, dá uma sensação muito legal de andar em meio a uma guerra futurística.

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Lenin The Lion

Presente na BGS 2018 (Brasil Game Show) e no Big Festival 2018, Lenin The Lion é um jogo que fala sobre um dos maiores problemas enfrentados por jovens atualmente, a depressão! Já vimos alguns indies aqui com uma narrativa sobre o tema, Rainy Day é bom exemplo deles, mas Lenin The Lion, não tem apenas uma boa narrativa e uma arte apaixonante, ele tem aquele jeitinho de game old school que nos faz ficar horas e mais horas andando por lugares e cidades. Ele tem tantos detalhes e uma certa historia por trás que precisamos de um artigo inteiro  só para ele,e a Beatriz Napoli fez isso aqui!

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O Rei do Cangaço VR

BGS 2018 (Brasil Game Show) realmente é o maior evento de games da America Latina, O Rei do Cangaço foi uma agradável surpresa encontrada durante o evento e depois o lançamento que acompanhamos na página do estudio Ignite Games.O Rei do Cangaço é um game estilo shooter onde você encarna um cangaceiro que morreu e foi sentenciado a voltar para o sertão e destruir os demônios que andam por lá, com um arte estilo cartoon e bom humor, esse jogo é um dos poucos onde os heróis que fazem parte da nossa história e /ou folclore como se fosse algo estrangeiro.

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No Heroes Here

Esse é jogo brasileiro que vem ganhando muito destaque lá fora, disponível para grandes plataformas como Playstation 4, Xbox e Steam, o estúdio Mad Mimic é um orgulho para nós brasileiros. Tenho os acompanhado faz alguns anos e ver o game amadurecer e ganhar fãs pelo mundo, faz nossos olhos brilharem. A ideia e a mecânica do jogo é bem simples: em um mundo sem heróis, pessoas simples fazem atos heroicos, todas em um pequeno castelo devem que é administrado por você, nele você deve construir barreiras e colocar os habitantes em lugares estratégicos para se defender das hordas invasoras. Com um design simples e personagem caricatos, esse jogo te conquista pela a diversão.

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Frostpunk

O indie game favorito do ano, que ganhou como melhor jogo de estratégia e por muito pouco também não levou como melhor indie no The Game Awards 2018Frospunk é um jogo que te coloca contra a parede para tomar decisões difíceis! A polonesa 11 bit Studios desenvolveu um indie game que mistura o estilo RTS (Real-time strategy) com sobrevivência, tornando Frostpunk um jogo de estilo único. Tudo gira em torno de um grande gerador de energia, a ultima esperança da humanidade nesse mundo apocalíptico, você deve explorar, colocar pessoas para trabalhar e se defender contra invasores. Tudo isso com pouco recursos e repleto de momentos de decisão difíceis, como por exemplo, não permitir que as pessoas da sua cidade tenham filhos ou enviar crianças para a guerra? Cuidar dos idosos ou deixar eles no frio para morrer? Racionar comida para os adultos? Tudo isso não atingi apenas dentro do jogo, mas te faz pensar moralmente em cada ato.

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Celeste

O grande ganhador de melhor indie de 2018, Celeste foi a maior surpresa que tivemos esse ano, é muito difícil falar dele sem citar TowerFall, dois grande jogos produzidos por Matt Makes. Matt mostrou que não foi um acerto ao acaso, pelo contrário: o cara é um gênio nesse gênero, sabe dar uma boa experiência e aventura para o jogador. Ele não mudou sua receita de bolo, novamente contou com vários outros estúdios para esse game, mas nesse tivemos toda a parte da arte do game feita por um brasileiro, o Miniboss, uhuuu! Mais pontos para o Brasil. O estilo do game é o Super Meat Boy (para a alegria dos saudosos ), onde a jogabilidade é centrada na precisão e destreza do jogador em saltar sobre plataformas até atingir o ponto final do estágio. Pule, dê dash, escale e vá avançando sem cair em espinhos ou outras armadilhas mortais que a montanha reserva ao jogador.  Com pelo gráficos em pixel art, temos a história de Madeline, que recebe a missão de escalar a montanha com o nome Celeste, nessa jornada ela conta com pequenos itens e habilidades adquiridas conforme escala a montanha, tornando o game mais desafiador e não enjoativo. Não é por acaso que ele é o melhor indie eleito pelo the Game Awards 2018.

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Nerd: Richard Brochini

Richard Brochini, 31 anos, trabalha há 13 anos com desenvolvimento de projetos para TI. Cientista maluco, dronemaker e gamer :D Para entrar em contato: http://richard.brochini.com/

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