Layers of Fear: o dia que eu morri de medo na BGS!

Quem me conhece, sabe que eu tenho trauma de jogos e filmes de terror. Eis que no meu segundo dia na Brasil Game Show (BGS para os íntimos), eu ainda estava me aventurando na avenida Indie quando cruzei com o stand da Boobler Team, que já no sábado, estava bombando.

Lá, me deparei com o Layers of Fear – Legacy, um walking simulator que conta a história de um pintor que está ficando cada vez mais fora de si. No stand havia quatro TVs e consoles Nintendo Switch. Dois com Layers of Fear, e os restantes com The Observer, outro lançamento da Bloober.

post_layers_of_fearEu já tinha ouvido falar de ambos os games, mas – mesmo tendo ouvido falar e até visto partes de gameplays – sabendo que era um tanto quanto assustador, me propus a jogar (com o Matheus, do Novo Nerd, rindo da minha cara, porque já sabia que o momento seria digno de pérolas minhas).

Lá fomos atendidos pelo Maciej Gomb, Tester do Bloober Team e Katarzyna Cieszyska, a CEO. Ambos foram extremamente acolhedores e deram boas risadas com meu show ao jogar Layers of Fear.

Minha condição para finalmente jogar um game de terror eram: não jogar sozinha, no escuro ou de fones de ouvido. Então tudo bem jogar em plena BGS, certo?

Errado! MUITO errado. Em algum momento, no stand devia ter mais de 10 pessoas observando, e mesmo sabendo disso, Layers of Fear me deu arrepios sem fim na espinha e me deixou suando frio.

Quem já teve contato com o jogo – e com games de terror no geral – sabe que walking simulators seguem o padrão de visão de primeira pessoa e exploração (abrir gavetas e armários e descobrir partes da história). Mas o diferencial de Layers of Fear, com certeza é o Layers of Fear_ Postsound design. A atenção dada às músicas, a remixagem de sons e a ambientação são prova da atenção e o carinho que a Bloober Team dá às suas criações.

Layers of Fear é a epítome da loucura. É difícil tentar entender o sentido das alucinações do personagem principal, e é justamente por isso que é tão assustador. Você fica desorientado, tentando procurar razões enquanto a música fica quase o tempo todo presente, como se ela mesma fosse também como um personagem dentro da história.

Perguntei ao Maciej, antes de me sentar em frente à TV, se Layers of Fear era baseado em jumpscares, para o que ele respondeu: “ Tem alguns sustos, mas essa não é a parte mais assustadora”. E ele estava certo. O mais aterrador, é saber que não há lógica em quase nada, fazendo com que o jogador não saiba quando o susto virá, tornando toda a experiência mais tensa e significativa.

Apesar de ficar apavorada com games de terror, acreditem vocês, eu fiquei mais ou menos quarenta minutos com o controle nas mãos, e precisei que o próprio Maciej me tirasse da frente da TV para dar lugar a outras pessoas que queriam ter a experiência do jogo.

Aos fãs e aos não fãs de games de terror, eu super-recomendo. Mas se você for como eu, arranje uma pessoa com a qual jogar junto para não traumatizar, ok?

And finally, I take this opportunity to thank Maciej and Katarzyna for the lovely conversation after the nearly traumatizing experience of playing Layers of Fear :D. Keep up the amazing work and I hope to see you guys next year at BGS!

 

Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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