Crítica “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” – Parece que já vi esse filme

Há quase 30 anos Hollywood tenta emplacar um novo Exterminador de Futuro, depois do sucesso avassalador dos 2 primeiros filmes. Existiram 3 tentativas frustadas que fizeram os fãs quase perderem as esperanças que algo bom pudesse ser feito.

Foi então que James Cameron resolveu se envolver novamente com a franquia, apenas como produtor, e isso serviu para acender a chama nos corações dos amantes da saga. Mas fica a pergunta: isso foi o suficiente para justificar a nova produção? Exterminador do Futuro: Destino Sombrio é melhor filme feito durante os últimos 28 anos, porém não consegue se colocar no mesmo patamar do que os primeiros capítulos.

Se pensarmos na história como uma trilogia, seria até um desfecho aceitável (se você não se importar que eles mandam pro espaço tudo o que foi construído nos primeiros filmes). E justamente por conta dessa alteração cronológica e os novos personagens, os produtores e roteiristas não devem se conformar em parar por aqui.

O elenco está muito bem, principalmente Mackenzie Davis (Grace) que se posiciona realmente como uma heroína e tem as melhores cenas de ação. Gabriel Luna, o novo modelo de exterminador, também faz um trabalho incrível e passa veracidade como um antagonista de grande ameaça. Schwarzenegger rouba as cenas que aparece, horas pelas nostalgia e horas pelo “novo” humor de seu T-800. O ponto mais fraco fica Linda Hamilton, que apesar de ser muito carismática e ter cenas e diálogos muito interessantes, algumas delas vistas nos trailers, entrega uma Sarah Connor um pouco mais apagada. Mas infelizmente, só o elenco não é capaz de segurar o filme sozinho.

Apesar de ter boas cenas de ação, principalmente o primeiro encontro entre Grace e o Rev-9, elas não são inovadoras e a história parece ser simplesmente uma repetição do que já conhecemos, apenas alterando os nomes dos envolvidos e datas das acontecimentos. É esse o grande motivo que faz, ao mesmo tempo, Destino Sombrio ser melhor do que todos os filmes produzidos depois de Exterminador 2 e pior do que os 2 primeiros: usar a mesma narrativa. Tudo é apenas prolongado, o que levanta a questão: é impossível impedir o Dia do Juízo Final?

O que fez a franquia Exterminador do Futuro ser um sucesso foi ter a coragem de arriscar na inovação, tanto em roteiro quanto em tecnologia aplicadas em cenas de ação e isso infelizmente se perdeu neste “terceiro” capítulo. Era uma ótima chance de se contar algo novo, utilizando o elenco diversificado para explorar assuntos relevantes através das viagens no tempo, mas o filme acaba caindo na zona de conforto e provavelmente deverá ser lembrado apenas como “aquele melhor que os que saíram depois de Exterminador 2”.

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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