Depois de me surpreender positivamente com Predadores Assassinos e ter boas indicações de Medo Profundo, criei boas expectativas para “O Segundo Ataque”. O filme até que faz bem a sua função em construir uma atmosfera de tensão e nos deixar apreensivos quanto ao que irá acontecer com o grupo de meninas que ficam presas embaixo d’ água junto com tubarões, mas isso funciona apenas de uma de forma “faseada”, como se não existisse uma trama que permeia o filme, frustrando completamente as expectativas criadas.
Esse tipo de filme costuma “brincar” com absurdos, e talvez seja isso o que atraia, mas diferente da zoeira, há limites. Quando um roteiro estabelece suas regras e se esquece completamente delas sem a menor explicação, é no mínimo, frustrante. E é justamente isso o que acontece na continuação, onde somos apresentados a tubarões brancos cegos e que tem uma audição superdesenvolvida, mas isso é completamente esquecido em várias cenas.
Com um CGI sofrível (o que é uma pena pois o primeiro filme tinha efeitos especiais muito bem trabalhados), os sustos e mortes acabam ficando muito aquém do que poderiam e acabam entregando uma ação desconexa, com excesso de cenas em câmera-lenta, deixando um ou outro jump scare interessante.
Medo Profundo: O Segundo Ataque acaba inflando o gênero e se torna aquele tipo de filme no qual você tem que desligar o cérebro. A produção parece ter ficado na dúvida se deveria escrachar ou levar o enredo a sério e acaba não fazendo nem um, nem outro. E por isso, o filme faz com que você tenha a sensação de perder o fôlego, no sentido literal da palavra.