Crítica “Link Perdido” – A busca por nós mesmos

A animação Link Perdido (Missing Link) chega aos cinemas nacionais esta semana e se trata de uma aventura e comédia. Segue os passos do Explorador Sir Lionel Frost em busca de mitos e criaturas fantásticas.

Sir Lionel busca duas coisas distintas: primeiro, provas de existência de lugares e criaturas ditas como mitos e existirem apenas em contos. Não somente para ficar famoso, mas a segunda coisa que busca é ser reconhecido e aceito em uma sociedade de exploradores, apesar de não gostarem dele e o menosprezarem. Assim, ele parte em busca de provas do elo perdido: o Pé Grande.

A animação segue a proposta de aventura e comédia, tirando risadas do espectador em vários momentos diferentes da história, além de partes de ação e aventura bem claros e recorrentes. Porém, Lionel se depara com algo que nem ele mesmo imaginava: uma criatura dessas que é capaz de pensar e falar, e fora ela que o atraíra e não o contrário.

Ambos acabam viajando o mundo para até os Himalaias, e esta viagem que peca em relação à coerência narrativa, pois as pessoas parecem não reconhecer o senhor Link (o Pé Grande) simplesmente por ele estar com roupas, apesar de ele ser totalmente peludo, ser muito maior que um ser humano e suas feições serem completamente diferentes de uma pessoa. Quase como se um orangotango se passasse por um humano, apenas por estar vestindo roupas iguais às nossas.

Este ponto em particular me incomodou durante toda a história, pois se ele vivia recluso e se escondendo das pessoas, por ser o que é, como que não iriam perceber facilmente ele e não assustar quando o vissem? Mas fora este aspecto, o restante foi divertido para o que o filme se propôs.

O foco da história é a jornada deles através do mundo para chegar nos Himalaias e descobrir algo escondido lá, e nesse quesito, é bem executado, fora o já mencionado. Passa bem a sensação da aventura e exploração, proporcionando momentos e cenas de comédia e fazendo o público rir.

O estilo da animação chamou a atenção e agradou, ao mesmo tempo parecendo e não parecendo o estilo Stop Motion. A versão que foi mostrada era a dublada, mas não fez com que fosse menos interessante, pois a dublagem ficou bem feita para uma animação. Contendo expressões e piadas bem adaptadas para o português, algumas até proporcionaram boas risadas .

Leva-se em consideração que é uma animação voltada para um público jovem e para família, assim sendo, os mais velhos podem não gostar muito. Mas o que realmente se destaca na história, são as mensagens e os temas abordados aqui, como amizade, busca de auto-conhecimento, reconhecimento e aceitação. Então aconselho ir assistir com filhos, crianças e jovens ou os amantes de animações, e desejo um ótimo filme!

Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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