Crítica “Dora e a Cidade Perdida” – Mais que uma aventura

Dora e a Cidade Perdida é um filme da Nickelodeon sobre as aventuras de uma garota que cresceu com os pais na selva e que precisa ir para a civilização interagir com outras pessoas depois de uma infância isolada.

A aventura começa justamente com ela tendo que ir para a cidade e principalmente à escola. Depois de 10 anos vivendo isolada com os pais na selva, reencontra seu primo e vai estudar na mesma escola que ele. Isso já traz muitas cenas engraçadas e inusitadas.

O ponto principal para se analisar este filme é levar em consideração que o público alvo dele são os jovens (principalmente os adolescentes que estão começando a ter autonomia e se desvinculando dos pais). Portanto, não é adequado criticar a história sob a perspectiva adulta e como se fosse voltada para os mais velhos.

Dessa forma, o filme cumpre bem sua proposta de uma narrativa de aventura. Apesar de ter muitas falas, cenas e elementos recorrentes de história “clichés”, em sua maioria foram bem trabalhados e empregados, para um filme voltado para os jovens.

Dora é uma garota extremamente enérgica e alegre, tentando sempre animar os que estão ao seu redor. Mas nem sempre é bem aceito ou bem visto. Apesar de ter passado todo esse tempo na selva, seus pais são professores e exploradores, portanto, teve uma ótima educação domiciliar, e isso impressiona e incomoda as pessoas (acham que ela é metida e quer aparecer).

O chamado para a ação do filme é o sumiço dos pais da menina, que fica preocupada decidindo ir atrás deles para descobrir o que aconteceu. Isso desencadeia uma série de eventos que a colocam em apuros e em uma grande aventura. O mais interessante nesse filme, é a trajetória da protagonista, todas as abordagens e implicações da jornada da menina – conhecer um novo mundo, entrar na adolescência e a interação com a sociedade – e principalmente, da transição para a independência dos jovens em relação aos pais, aquele momento de suas vidas em que começam a experimentar e ter autonomia, agirem e responderem por eles mesmos.

Um ponto que ficou meio estranho e sem explicação é o fato de existir uma raposa que fala e se comporta como se fosse uma pessoa. Proporcionou cenas interessantes, mas ficou estranho para mim, diferente do pequeno macaco que é um dos personagens e companheiro da Dora. Ele também age de forma mais humana, mas por não falar, não fica tão destoante.

No geral, o filme foi bem feito para o público jovem e deve agradá-lo. A cena em que eles começam a ver coisas e ter alucinações, foi a deixa para utilizarem animação e ficou bem encaixada, por exemplo. Por ser um filme da Nickelodeon, encerra com uma música no estilo característico de um musical.


Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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