Crítica | Bad Boys: Para Sempre renova a franquia sem perder a essência

Em tempos que a criatividade para roterios originais parece estar em baixa, a saída encontrada parece ter sido reviver os grandes sucessos dos anos 80 e 90. Alguns bem sucessidos, mas a sua grande maioria ainda se mostra desnecessário. Sendo assim, uma “luz vermelha” se acendeu em minha mente quando fiquei sabendo da produção de Bad Boys 3. Eu amo praticamente tudo o que Will Smith faz (mas nunca vou esquecer ou perdoar “As Loucas Aventuras de James West”) e realmente não gostaria que ele se envolvesse em uma produção desnecessária.

E Bad Boys Para Sempre a princípio seria desnecessário, no sentido de que ninguém pediu por uma continuação (pelo menos não na última década) e a história parecia fechada (e datada). Muios filmes que fizeram sucessos nas décadas citadas acima, hoje provavelmente não repetiram o feito. Porém, ao mesmo tempo, não seria justo deixar de lado alguns pontos que marcaram as histórias. Sendo assim, Bad Boys 3 conseguiu o que muitos outros filmes não o fizeram: manter a essência do que fez o público amar Mike Lowrey e Marcus Burnett e inserir esses dois amigos nos dias atuais.

O roteiro não é nenhuma maravilha, mas o que vale (assim como nos filmes anteriores) é a química entre Will Smith e Lawrence. E como os amigos não não mais os mesmo de algumas décadas, as sequências de ação tiverem que ser adaptadas. Isso acabou por deixar o filme melhor ainda, pois a idade dos personagens acaba funcionando como uma forma de deixar as cenas mais ricas, onde os personagens tem que apelar cada vez mais para os tiros e fugos, do que o combate corpo a corpo.

Isso abre espaço para a chegada de sangue novo no pedaço, como a equipe liderada por Rita e obviamente, a surpresa “guardada” para o final do filme.A dinâmica entre a dupla de veteranos e os novos oficiais é algo que poderia rejuvenescer a marca ainda mais, mas infelizmente não há tempo de tela suficiente para os personagens criarem conexões mais profundas e pudessem tornar suas relações mais interessantes.

Michael Bay não está mais envolvido no filme, mas os cineastas belgas Adil El Arbi e Bilall Fallah fizeram bem o dever de casa e entregam o que se espera da trama: explosões, tiroteios, carrões disparando em cada esquina, Lowrey e Burnett sendo os reis de Miami. Uma ação genérica muito eficiente, e não tão cansativa como a de Michael Bay.

Os amantes dos filmes passados com certeza sairão satisfeitos, porque a produção traz tudo aquilo que já era conhecido referente à diversão, com uma ou outra adição de tempos modernos realizando a conexão com a nova geração e abrindo portas para novas produções.

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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