É, minha gente, finalmente chegou o momento de dizer adeus para minha saga thriller favorita. Chegou a hora de dizer adeus às Crônicas dos Mortos. Quem me conhece sabe que eu não canso de tecer elogios a essa série que me conquistou desde que um colega lá do meu trabalho resolveu me emprestar os livros do que ele me disse ser “um livro tipo The Walking Dead, só que melhor e acontece no Brasil”. Você pode assistir o vídeo em que eu recomendo a saga lá em 2016:
A Era dos Mortos é o 6/7 e último livro da Crônica dos Mortos, do autor Rodrigo de Oliveira. Mas como assim 6/7? Bom, digamos que ele teve um pequeno problema com prazo, o que acabou deixando os leitores, não com um enorme último volume, e sim com dois livros (sendo a segunda parte bem extensa).
Da esquerda para a direita – Zac (que aparece no primeiro livro), Estela (uma das protagonistas) e um Zumbi
Tudo o que eu posso falar sem spoiler é que a Era dos Mortos fecha as crônicas com chave de ouro, começando em ritmo um pouco mais lento do que o dos livros anteriores, mas que logo acelera.
O Rodrigo fez um excelente trabalho, de novo, na construção dos personagens, tanto dos antigos quanto dos “”””novos”””’ (vocês vão entender as aspas quando lerem as crônicas).
De novo temos aqui uma narrativa de tirar o fôlego, e um enredo que prende nas épicas cenas de ação, mas que também sabe quando deve ter uma pausa para não cansar o leitor.
Considerando a quantidade de ação que temos aqui, o fato de eu não ter me cansado de ler indica que o autor soube trabalhar com cadência em sua escrita.
Não se apegue aos personagens
Eu já tinha dito no vídeo dos 5 Motivos para Ler As Crônicas dos Mortos que era melhor que você não se apegasse a nenhum personagem (pelo seu próprio bem), e isso continua sendo verdade nas duas partes que encerram a série.
Em muitos momentos eu temia pelos protagonistas, porque o autor consegue escrever cenas de arrepiar tão bem, mas tão bem que você pensa “ah, pronto, lá vem ele de novo querendo matar meus babies”.
E quando falamos dessas cenas, imaginamos uma espécie de deus ex-machina, que é aquele momento na maioria dos filmes e livros onde você pensa que o protagonista não tem saída, e quando menos espera, PÁ! Algum milagre acontece e ele se salva. Sabe aquela coisa que nunca acontece em Game of Thrones? Então.
Há quem diga que isso tira um pouco da graça de se ler um livro da gênero thriller, mas (meu Deus do céu como faz pra falar disso sem dar spoiler?) – de novo – quem ler todos os livros das Crônicas dos Mortos, vai ver porque há um belo de um motivo para que não exista essa coisa de ‘não ter graça’. Não por aqui, meus amigos.
Com direito a vilões completamente psicóticos e cenas tão bem construídas que te dão a impressão de estar vendo um filme, As Crônicas dos Mortos chega ao seu desfecho com um final um tanto quanto…inesperado(?)…ou esperado, dependendo do quanto você presta atenção no título (juro que parei de falar agora).
Enfim, As Crônicas dos Mortos vai deixar saudades, e por isso mesmo é uma leitura que eu super recomendo, tanto para quem curte The Walking Dead, quanto pra quem não é fã, porque essa é uma história que merece ser lida e vivida – além de se ter o bônus de ser algo nacional, não é mesmo? Por hoje é só, pessoal!
Cena favorita (se ainda não leu o livro, ignore essa parte)
Meu Deus do céu, me fala o que foi aquela cena do Fernando soterrado debaixo de um beserker, cercado de outras aberrações?? Ele ficou dois fucking dias na mesma posição. Troféu Chuck Norris pro meu baby (y)
