Ad Astra: Crítica – Calmaria demais?

Antes de mais nada é bom avisar: Ad Astra é voltado para um público muito específico. Se você está pensando em ir assistir ao filme esperando algo com a mesma pegada de “Gravidade” (com Sandra Bullock) ou Interestelar (com Matthew McConaughey), mude a sua “chave”. Na verdade, toda vez que sai algum filme que envolve viagens no espaço sideral, é sempre mais garantido você esperar algo mais ao estilo de 2001 – Uma Odisseia no Espaço (de Stanley Kubrick), mesmo que Ad Astra fique em um meio-termo entre os citados.

O filme tem um ritmo lento, mas após conhecer o personagem de Brad Pitt (Roy McBride) fica totalmente compreensível o porquê disso. Roy é uma pessoa muito centrada, controlada, quase que totalmente racional, capaz de tomar decisões que a maioria não conseguiria.

Logo o desenvolvimento de toda a história parece acompanhar a calmaria de Roy. A premissa do filme não tem muito mais do que podemos conferir nos trailers, porém, isso não deixa a mensagem do filme menos impactante. É uma história que nos mostra como a humanidade vive procurando as respostas no que está longe, mas que as respostas geralmente estão no próprio ser humano. A eterna busca por conexão, onde vamos até as estrelas para tentar encontrar e esquecemos de olhar para dentro.

Isso tudo é mostrado através das pequenas mudanças que Roy demonstra em sua busca por seu pai, que desapareceu 16 anos antes em uma missão que o levou até Netuno. Depois de um evento global que causa muitos danos na Terra e criam uma grande preocupação nos governantes, um sinal é recebido e para a surpresa de todos parece ser do pai de Roy. A partir daí temos a “jornada do herói” atrás de seu objetivo. Devo observar que não consegui parar de pensar se não seria muito mais fácil enviar uma mensagem aqui da Terra mesmo, do que ir até Marte, mas a única explicação lógica que encontrei foi: se fosse assim, não teria filme. E pronto. Tirando isso, as outras decisões de roteiro foram bem acertadas.

Brad Pitt, pra variar, está muito bem no papel e dá o peso certo que Roy necessita. Não há grandes destaques para outras atuações, até porque praticamente todos os os personagens devem ter no máximo 5 minutos de tela cada um, inclusive Tommy Lee Jones (que faz o pai do protagonista). Menos Liv Tyler que foi subutilizada, em todos os sentidos.

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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