AC 3 de Switch – Um Remaster não tão bonito

Assassin’s Creed já foi a minha franquia favorita.

Em 2012 quando Assassin’s Creed 3 foi lançado, foi o primeiro jogo da série que eu ia conseguir acompanhar o lançamento. Os anteriores eu não tinha um videogame para jogar, então, ficava jogando na casa de amigos ou, quando finalmente consegui colocar o meu pc para rodar, zerei todos em casa, na sequência, múltiplas vezes. Ezio foi o meu personagem favorito por muito tempo.

olha esse sorriso <3

Claro, que digo isso no passado.

Hoje vejo inúmeros erros e meu carinho pela série diminuiu um pouco pela forma como ela vinha sendo tratada, principalmente nos lançamentos seguintes. Mas AC 3 foi um ponto de virada para mim. Foi um jogo que eu amei e odiei em proporções bem parecidas.

7 anos depois, cá estamos, 2019 e o jogo sendo relançado para Nintendo Switch me dava a chance de rejogar esse que por muito tempo eu disse que era um jogo que eu detestava.

Por que diabos eu faria isso?

Bom, para ser sincero, eu não detestava ele. Eu desgostava do Connor, achava ele um protagonista fraquíssimo em comparação a Ezio. Não gostava das mudanças que simplificavam o jogo (olhando agora, é bem insuportável jogar com os controles “clássicos” essas mudanças foram bem interessantes no fim das contas). A história contemporânea freava a narrativa o tempo todo, e eu entendi bem pouco do jogo na época. 

E por que eu jogaria esse jogo no Nintendo Switch?

Nessa tela pequena até parece legal… já em tela grande…

Como dito, o jogo tem 7 anos, foi lançado para a geração passada, teve essa versão remasterizada lançada recentemente, mas, o Switch não é nem de perto um console tido como poderoso, então, não seriam os gráficos a me venderem essa experiência, certo?

Sim, com certeza. AC 3 sofre perdas sensíveis sendo a versão mais “feia” do jogo a do portátil da Nintendo.

Cenas com pouca luz detonam as texturas…

Como o jogo da Ubisoft preza por um visual realista, com feições bem desenhadas, buscando conectar com o jogador através da experiência de imersão histórica, a força gráfica do console deixa bastante a desejar. Por vezes, temos um personagem bem definido em frente a câmera, contrastando de forma muito pesada com uma textura que parece ter sido esticada muito além da sua capacidade. Estourando megablocos de pixels muito visíveis.

Mas cenas bem iluminadas também não são exatamente “lindas”

Quando pensamos em um jogo de mundo aberto rodando na plataforma, certamente o que vem a mente é o belíssimo Zelda, Breath of the Wild. Mas, a direção de arte do jogo da Nintendo permitiu ao console mostrar apenas o lado bom, de transportar o mundo para qualquer lugar na palma da mão.

A America colonial de AC 3 está tão portátil quanto, só não tão bem otimizada.

Tá igual… mas tá diferente

Mas a versão Definitiva não é só problemas.

Por ser a versão das Américas, também pode ser chamado assim, essa edição conta com o excelente AC Liberation, jogo que conta a história de Aveline, uma mulher negra que representa a irmandade numa outra região dos Estados Unidos escravagista. Esse jogo, entretanto, ficou muito obscurecido por ter sido lançado apenas no Playstation Vita, plataforma portátil que vendeu bem mal.

Mesmo tendo sido lançado posteriormente para os consoles de mesa da geração, Liberation não ficou muito relevante, mesmo tendo uma história tão interessante.

A edição Remastered de AC 3 nos coloca à disposição dois bons jogos da série. O mérito? Poder jogar esses jogos em qualquer lugar com a portabilidade do Switch.

Saudades das minhas texturas…

Com certeza, se você for jogar esse jogo na sua televisão da sala, eu recomendaria o fazer em uma das versões mais potentes do jogo, como de PS4 ou Xbox One, mas, para jogar em qualquer lugar (como eu estou fazendo) o console da Nintendo é o ideal.

Esse lançamento é muito positivo ao meu ver por abrir as portas para mais ports para a plataforma, aumentando o catálogo. Só espero que os próximos jogos tenham uma otimização mais bem feita. O que o Nintendo Switch peca em capacidade gráfica, ele possui em outras qualidades, as desenvolvedoras precisam apenas entender como usar a plataforma, coisa que a Nintendo sempre faz muito bem!

Seguido desse lançamento, tivemos o anúncio de AC 4 e de Rogue chegando para a plataforma também, dois jogos excelentes da série que foram divisores de águas. E mostram como a Ubisoft está interessada em trazer seus jogos para o híbrido da Nintendo. Só espero, novamente, que façam a transição de forma competente!

Para completar a análise geral, AC 3 merece ser jogado por quem não teve a experiência ainda, e vai ser um ótimo companheiro para momentos tediosos. Mas, não vá esperando maravilhas gráficas


Nerd: Matheus Farina

Filho do verão, é apaixonado pelo inverno. Descobriu que é possível ganhar dinheiro na internet e tá tentando fazer funcionar desde então. Joga videogame como profissão e trabalha como Hobby. Tem um sério problema de arrumar suas prioridades.

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