A Morte Te Dá Parabéns 2: menos sobrenatural, mais ficção científica, ainda assim sensacional (Spoilers do primeiro filme)

Em 2017, a produtora americana Blumhouse Productions, uma das maiores da atualidade focada em filmes de terror como Fragmentado e a saga Sobrenatural (Insidious), lançou um de seus melhores filmes àquele ano: A Morte Te Dá Parabéns. O sucesso foi tanto que, neste ano, lançaram sua sequência: A Morte Te Dá Parabéns 2, ou, em inglês, Happy Death Day 2U.

Na sequência, ainda temos a estonteante e maravilhosa Jessica Rothe como Tree (uma curiosidade: essa mulher tem 31 anos e consegue fazer o papel de uma jovem nos primeiros anos de faculdade de forma incrível e verossímil; olá mais uma paixonite minha por mulherões loiros) e o fofíssimo e apaixonante Israel Broussard como seu par romântico, Carter.

No primeiro filme, somos introduzidos à personagem Tree como sendo uma típica jovem arrogante, metida e esnobe no começo, mas, conforme ela vai vivendo seu dia da marmota do inferno e sempre voltando para o dia 18 de setembro, após morrer dos mais variados e criativos modos e acordando no mesmo dia sempre ao lado de Carter, vai melhorando seu comportamento e, lógico, se apaixonando por ele, pois quem não se apaixonaria? Já no segundo, que se passa um dia após o primeiro, ou seja, no dia 19 de setembro, outro personagem passa a viver nesse loop: Ryan, colega de quarto de Carter. Ao comentar sobre o que está acontecendo com Tree e Carter, ela está pronta a enfrentar tudo aquilo novamente. Mas o filme toma caminhos inesperados e não muda só o seu próprio gênero, como tanto o rumo que A Morte Te Dá Parabéns 2 parece estar tomando logo no início.

Uma dica: faça como eu e vá assistir a esse filme – ou a qualquer outro –  sem assistir a nenhum trailer, ou a nenhum outro além do primeiro. Não sabia o que estava por vir e por isso ele me foi uma grata surpresa. A princípio, mesmo animada por poder finalmente assistir a essa sequência, não achei que ele fosse ser tão bom quanto o primeiro, mas fico muito grata por ter me enganado. Por mais que o seu novo gênero não seja um dos meus favoritos, as explicações que ele me deu foram satisfatórias. No entanto, A Morte Te Dá Parabéns 2 nos deixa, assim como no primeiro, com algumas perguntas não respondidas, e me incomodei mais com isso neste novo filme do que no seu antecessor. Mesmo dias após assisti-lo, ainda me pego fazendo as mesmas perguntas, sem ter tido respostas.

O que quero dizer com mudança de gênero é: no primeiro filme, não temos respostas de porquê Tree está voltando no mesmo dia após morrer de novo e de novo e aceitamos isso. Após ela matar John Tombs e Lori, sua colega de quarto, e não comer o maldito cupcake envenenado, tudo se resolve. Aceitamos que foi algo inexplicável, até mesmo místico ou sobrenatural, ela reviver esse dia por semana a fio. A meu ver (e no IMDb do filme), A Morte Te Dá Parabéns é um filme de terror, um thriller. Já em A Morte Te Dá Parabéns 2, as perguntas feitas no primeiro filme são respondidas do modo mais ficção científica possível. Mas as perguntas feitas no segundo ficam sem resposta mesmo, como já comentei acima. Além de certa dose de ficção científica, temos mais drama do que no primeiro, os sentimentos de Tree em relação à mãe são mais explorados, assim como seus novos sentimentos por Carter. Admito que chorei em uma cena emocionante próxima ao final do filme. Acho curioso como uma personagem que tinha tudo para ser odiada no começo do primeiro filme se redime tanto que passamos a amá-la e torcer por sua felicidade, toda a felicidade, mesmo a obra mostrando que isso não é possível.

Além da beleza de Jessica Rothe e de Israel Broussard, que já não é pouca, temos uma beleza mais explorada em relação ao primeiro filme e uma nova beldade que gostaria que tivesse tido mais tempo de tela. Mais irritante, arrogante e esnobe do que Tree no começo da história, Danielle, interpretada por Rachel Matthews, volta com mais tempo de tela, mas agora como alívio cômico. Independente de seu papel, desde o primeiro filme, é absurda a beleza dessa atriz! E mesmo Danielle sendo o seu primeiro papel em um filme, ela faz um ótimo trabalho. Além dela, conhecemos Dre, uma cientista adorável interpretada por Sarah Yarkin. Gostaria de ter visto mais dela em cena, mas infelizmente não foi dessa vez…

Devido ao final que o segundo filme teve e as perguntas não respondidas logo em seu início, o diretor Christopher Landon tuitou que gostaria de fazer o terceiro filme da saga, mas tudo dependeria de como A Morte Te Dá Parabéns 2 for nos cinemas. Torçamos, porque, apesar de parecer uma história batido, acho que dessa fonte ainda pode vir muita coisa boa, nem que seja um seriado de uma temporada. Ou, no mínimo, responder as perguntas pendentes.

Nerd: Nathalia Lossolli

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