2016: o ano que insiste em não terminar. Ou é você?

Fala Khalasar, beleza?

2016 finalmente está chegando ao fim, mas é melhor não falar muito alto, porque ele pode resolver ficar né?

Brincadeiras à parte, 2016 foi um ano pesado, pelo menos assim parece ao se falar com as pessoas, ao ver as time lines de redes sociais e ao se ouvir as notícias. O ano não poupou nada, nenhum ramo da sociedade ou da vida privada de cada indivíduo.

Mas resolvi escrever esse texto não para falar como 2016 foi difícil, mas sim para mostrar que é realmente nas dificuldades que aprendemos mais, nos descobrimos, nos reinventamos. Tampouco estou aqui para falar de algo que eu mesmo não tenha vivenciado, afinal que moral teria eu para dizer “você devia usar esse ano difícil para aprender algo”?

Comecei o ano de 2016 como todo bom ser humano: fazendo sonhos malucos, promessas praticamente impossíveis e sem meta alguma. Veja bem: sonhos e promessas são abstratos, metas são mensuráveis. Metas proporcionam que você realize seus sonhos e promessas. Como eu aprendi isso? Bom… 2016.

Eu disse que 2016 seria O ANO pra mim. Eu não disse que tipo de ano, correto? Apenas O ANO. E parando para analisar, foi mesmo. O ano em que aprendi que aquilo no qual eu sempre achei que eu era muito bom e me proporcionava uma vida “boa”, era o que estava me sugando a vida. Que aquilo que era só diversão, um sonho de criança, podia me ensinar a respirar novamente. Aliás, o Carlos criança tem muita coisa pra me ensinar. Que por mais ache que você sabe muito de algo, tem sempre alguém que sabe muito mais. E que por mais que você ache que não sabe nada, tem muita gente que sabe muito menos.

O ano em que a máxima que levo para minha vida “burro tem que se fuder”, se mostrou incrivelmente verdadeira, pois o burro fui eu.

Pessoas que você admira irão te decepcionar, pessoas que você não se lembra irão se lembrar (de você). As palavras de um desconhecido podem mudar seu dia, as de um amigo acabar com ele. Palavras TEM poder. A gente apanha, e bate, todo dia. E como já dizia Rock Balboavencer não se trata do quanto você bate, e sim o quanto você aguenta apanhar e continuar tentandoSó fracassa quem desiste. O NÃO você já tem. Arrisque.

Você não é uma ilha, mas as vezes precisa, e pode ser só você. Você pode conseguir sozinho, mas é muito mais prazeroso ir junto.

Você precisa SER antes de TER. Gratidão é o combustível do sucesso. Sucesso não é dinheiro. Dinheiro não é pecado.

Um sonho pode começar com uma ideia ruim. Uma ideia genial não te garante nada. Aliás, a vida não te dá garantias. Eu não sou muito fã de Renato Russo, mas ele estava certo: se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo. Se você achar que não é capaz, você está certo. Se achar que pode, também.

Tudo isso parece piegas, clichê né? Então, a vida é piegas, é clichê. É por isso que histórias que mostram isso, vendem. E está tudo bem.

A gente ouve e aprende tudo isso e muito mais quando é criança, e vai perdendo pelo caminho. Vamos nos enchendo de medos, preconceitos, remorsos e mágoas. E um ano como 2016 é uma oportunidade para termos cada vez mais disso tudo ou de deixar tudo para trás, acreditar em nós mesmos, acreditar no próximo. Oportunidade de descobrir que é possível deixar de gostar de algo que adorávamos, e amar algo que se pensava ser impossível chegar perto.

 

  • Trabalhei por 20 anos com computação e achava que essa era minha vocação e em 6 meses vi que gosto mesmo é de pessoas. Arrisquei trocar a estabilidade de um cargo batalhado por anos, para entre outras coisas, escrever textos como esse.
  • Achei que nunca mais seria possível me encantar por nenhum outro artista quanto já fui por Roxette ou Capital Inicial, até conhecer Tiago Iorc.
  • Senti que era um anormal por encarar o relacionamento com as pessoas no marketing de forma mais pessoal, até conhecer o Érico Rocha, seu curso e principalmente, meus companheiros de estudo.
  • Duvidei de mim mesmo e de muitas pessoas a minha volta. Lembra sobre o lance de confiar em si mesmo? Bem, as vezes você não consegue, e vai precisar de alguém que faça isso por você. Não uma, duas, mas várias vezes.
  • Passei por problemas de família, profissionais, financeiros. Como você provavelmente deve ter passado. A pergunta que fica é: o que tirar de tudo isso?

 

2016 nos deu vários motivos para perdemos a fé na humanidade, ou talvez só tenha evidenciado mais os fatos. Perdas de pessoas incríveis, famosas ou não, tragédias terríveis. Mas como já dizia Clarice (Lispector, desculpe a intimidade): “Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente.

É com o apesar de, através do apesar de, que nos renovamos. Pois “a morte não é a maior tragédia da vida. A maior tragédia da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.” (Norman Cousins)

Não permita que o mundo, que 2016 ou que alguém te dobre, te quebre, te reduza. Não perca a fé e a esperança. Mas não a fé que depende de algo ou outra pessoa, nem a esperança que espera.

A fé em si mesmo, a certeza de que você dará o seu melhor e que sabe que os outros farão o mesmo. E a esperança, como já explicou Mário Sergio Cortella, do verbo esperançar: ir atrás, buscar, não desistir. Nada cai do céu. Sempre foi assim e sempre será.

Dê sempre o seu MELHOR e não apenas faça o possível. Assuma a responsabilidade pela sua vida e por um 2017 incrível.

E para encerrar, desejo que você tenha na sua vida pelo menos UMA pessoa que acredite em você (por muitas vezes mais do que você mesma). Pode ser alguém do seu dia a dia, ou alguém de muito longe. Por sorte do destino, tenho 4 que me aguentaram entre os altos e baixos de 2016: Laís, Maria Aparecida, Solange e Valmir. Você são a minha diferença.

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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