Viva – A Vida é uma Festa! | Ser lembrado é existir

Tivemos o prazer de assistir ao filme Viva – A Vida é uma Festa! neste a semana! Essa animação foi produzida pela Pixar / Disney e está programada para estrear no Brasil no início de Janeiro. A animação se passa em uma cidadezinha do México, justamente quando acontecerá a comemoração do Dia de los Muertos (Dia dos Mortos), onde são celebrados os que já morreram para que possam visitar os que ainda vivem, vindo da terra dos mortos para nosso mundo. Viva 03Nossa história gira em torno de Miguel, um garoto com bastante energia que vem de uma família que, por gerações, baniu por completo a música de suas vidas. Porém, ele tem um grande fascínio pelo lendário músico Ernesto de La Cruz. É seu ídolo e deseja mais do que tudo se tornar um grande músico como ele. Mas tudo isso precisa ser feito escondido de sua família, pois repudiam a música, desde que uma antepassada dele perdeu o marido para a música. Desde então qualquer coisa relacionada com música é proibida para os familiares. Viva 04Mas a vontade e o desejo batem mais fortes em Miguel e ele decide se aventurar e tentar algo, seguindo seu coração, ao invés da vontade da família. E no Dia de los Muertos, ele acaba por ir parar no mundo dos mortos! Mas ele ainda está vivo, então precisa retornar logo ao mundo dos vivos, senão ficará preso lá para sempre! Começa uma corrida contra o tempo para encontrar seus antepassados, seu falecido ídolo e poder voltar para casa. Viva 05Um dos pontos mais importantes nessa história, é o conceito do dia e do mundo dos mortos, pois a história gira em torno disso. Acredita-se que após uma pessoa morrer, ela vai para o mundo dos mortos e lá permanece apenas enquanto os vivos ainda se lembrarem dele. Quando alguém for esquecido, deixará de existir no mundo dos mortos e acredita-se que este seja o verdadeiro fim. E durante um dia do ano, os mortos tem a chance de visitar os vivos, mas nada de mortos vivos ou assombrações…. eles conseguem ver tudo do mundo dos vivos, mas não podem interagir com eles e nem os vivos podem vê-los. Mas há um porém: apenas podem visitar os vivos, aqueles que tiveram uma foto ou imagem colocadas junto com oferendas para o dia dos mortos. Se não foi honrado e lembrado no dia dos mortos, não pode atravessar o véu dos mundo e visitar os vivos. Tendo isso em mente, a história se desenvolve nos mostrando todo esse conceito e peculiaridades, além de conseguir transmitir o drama do esquecimento e a importância da família e das memórias e lembranças. Ser lembrado é existir. Viva 06No decorrer da história, há muitos momentos engraçados e divertidos, mas também muitos momentos mais sérios, tensos e tristes. E isso me agradou bastante, pois conseguiu equilibrar e variar os humores. Um aviso: durante o filme e no final notei que muitas pessoas na sessão estavam chorando ou bastante emocionadas, estejam avisados! E vejo como um ponto positivo isso, pois o filme conseguiu tocar as pessoas e emocioná-las. Visualmente o filme me agradou, com animação bem feita e um cenário bem colorido e vivo, mesmo no mundo dos mortos – afinal, é apenas outro plano de existência, não é porque é para lá que se vai quando se morre que tem que ser um lugar fúnebre, certo? A trilha sonora agradou também e como foi uma versão dublada, algumas músicas cantadas devem ter sido adaptadas, o que me deixa muito curioso para ouvi-las em suas versões originais. E por falar em versão original… o título do filme originalmente é Coco, mas como aqui no Brasil poderia ter outra conotação a palavra, decidiram mudar o título para ou termo relacionado. Dessa forma, como um todo, gostei bastante do filme e recomendo para assistirem e se divertirem com esta história de outro mundo!

Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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