Um Olhar do Paraíso – Uma História de Tirar o Fôlego

AVISO: Este texto está cheio de spoilers! Então, se você ainda não assistiu ao filme Um Olhar do Paraíso, não leia.

Baseado no livro Uma Vida Interrompida, , de Alice Sebold, o filme Um Olhar do Paraíso – direcionado por ninguém menos do que Peter Jackson, tem uma das fotografias mais brilhantes que já vi na vida.

Não cheguei a ler o livro, mas o filme me foi indicado por uma amiga e, logo de cara, fiquei encantada pela fotografia. Não sou muito fã de filmes que exageram demais nos efeitos visuais, mas mesmo as paisagens totalmente em CGI deste filme não tiraram o encanto das cenas. Sendo um filme de Peter Jackson, estava esperando algo cheio de aventuras épicas, ou até um pouco de drama, mas não o show de sensações e emoções que estava por vir.

A história é linda e aterrorizante ao mesmo tempo. Logo no começo, você já sabe o que vai acontecer, pois a narradora diz:

“Meu sobrenome é Salmão, igual ao peixe. Primeiro nome, Susie. Eu tinha 14 anos quando fui assassinada, em 6 de dezembro de 1973. Foi antes de colocarem fotos de crianças desaparecidas em caixas de leite e nos noticiários. Quando as pessoas acreditavam que essas coisas não aconteciam. “

Você se apega à personagem principal muito rápido. Ela é carismática, gentil e cativante. Acima de tudo, age como uma adolescente normal de 14 anos.

Apesar da vida feliz que leva, ela é interrompida por um serial killer.

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O que faz com que você fique preso ao filme, é o suspense que se envolve em volta do assassino enquanto a polícia investiga o desaparecimento da garota. Claro, a trama não conta apenas com isso; há também o drama dos pais e dosthe-lovely-bones-6fc68-large irmãos que tentam lidar com o desaparecimento de Susie e com a agonizante falta de pistas.

A narrativa mostra a família tentando seguir com sua vida depois da tragédia – com exceção do pai, o qual acaba ficando obcecado em encontrar o algoz da filha; o assassino (que mora na vizinhança), e tenta parecer insuspeito; e Susie (interpretada por Soarse Ronan), que acaba presa no limbo, pois não consegue seguir em frente por conta do rancor que sente sobre as circunstâncias de sua morte. É importante notar o tom surrealista nas cenas que envolvem Susie, com cores vibrantes, e cenários mutáveis.

E toda a história é contada com a ajuda de uma soundtrack indescritivelmente emocionante, que ao mesmo tempo em que passa tristeza, também dá esperança.

É preciso assistir para saber o que significa o show de emoções que descrevi no começo. A narrativa dá o tempo ao tempo, assim, quem está assistindo consegue evoluir junto com a história e sentir as aflições das personagens.

Posso dizer, com toda a segurança do mundo, que sim, este é o meu filme preferido até agora. Está no topo da lista e não será fácil tirá-lo de lá.

 

P.s.: O filme está disponível na Netflix 😉

 

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Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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