Pokemon não é um jogo. Não é um desenho, muito menos um filme. Pokemon é uma entidade poderosa que subjugou o planeta há mais de uma década baseado em um conceito mais que simples: rinhas de galo. Claro, na visão japonesa. Você pode não ter jogado/assistido/ lido mas com certeza já viu alguma menção e sabe do que se trata. Pikachu é o próximo na calçada da fama.
Sem me delongar demais, muitos já devem ter visto o fenômeno bizarro e incrível que aconteceu no Twitch mas para quem não sabe: o Twitch é uma plataforma de streaming. Eis que alguém lá teve a mais brilhante e estúpida ideia que poderia ser concebida no plano astral gamer: e se eu colocasse Pokemon Red (aquele primeiro, em branco e preto mesmo, do game boy) para várias pessoas jogarem ao mesmo tempo? Milhares de pessoas controlam o jogo pelo chat, e cada “teclada” equivale a um comando: up, down, left, a, b etc. Twitch Plays Pokemon.
Tinha tudo pra dar errado, e acho que por isso deu mais que certo. Nos picos, a jogatina atingiu quase 100 MIL PESSOAS jogando simultaneamente e, pra quem foi conferir, parecia um jogo antigo sobre esquizofrenia e epilepsia, já que o personagem não parava de girar em seu próprio eixo por muitos minutos.
E eles conseguiram terminar o jogo, após mais de 177 horas. Ainda não dá pra entender como isso aconteceu, mas espero logo mais tentar. Não só isso, também já terminaram o Cristal (da era Game Boy Advance). E vão partir pro Emerald.
O fenômeno tem várias conotações sociológicas e filosóficas pela sua própria impossibilidade. Diz muito, aliás, sobre a democracia ocidental. Também inverteu o conceito de Massively Multiplayer Online e só reforça o potencial da internet.
Acima de tudo, só consigo pensar em uma coisa: imagine cem mil pessoas gritando para o seu cachorro sentar ou para o seu vereador favorito não fazer merda. Ao mesmo tempo. Ao vivo.
Pra quem não sabia, tem muito artigo bacana detalhando o processo. Só achei que vocês precisavam saber 🙂