Tivemos o prazer de assistir nesta terça-feira (16/01/2017), a primeira sessão nacional do filme The Post – A Guerra Secreta, em comemoração à liberdade de imprensa! Este é o novo filme dirigido por Steven Spielberg, com roteiro de Liz Hannah e Josh Singer. No elenco, conta com nomes como Meryl Streep (Kay Graham), Tom Hanks (Ben Bradlee), Sarah Paulson (Tony Bradlee), Bob Odenkirk (Ben Bagdikian), Tracy Letts (Fritz Beebe), Bradley Whitford (Arthur Parsons), Bruce Greenwood (Robert McNamara), Matthew Rhys (Daniel Ellsberg), entre outros.
Baseado em fatos reais, este drama mostra a batalha do jornal The Washington Post em se manter firme e ao mesmo tempo, poder publicar as matérias sem ser censurado nem processado. O filme nos mostra Kay Graham como a dona e diretora do jornal e todas as dificuldades que ela passa e enfrenta em sua vida. A trama se desenrola durante a Guerra do Vietnã, que durou 20 anos (entre 1955 e 1975), e é justamente tal guerra que se torna o cerne da história, pois todos os relatos e informações sigilosas sobre a guerra acabam vazando para os jornais da época.
Começando com o The New York Times, informações ultra-secretas de relatórios sobre a guerra do vietnã vão à tona para a população e isso desencadeia uma comoção no país inteiro dos EUA. Pois mostra que na verdade o governo estava mentindo para a papulação e estava perdendo a guerra ao invés de estar ganhando. E com isso, estaria mandando soldados para a guerra, sabendo que provavelmente acarretaria em suas mortes. Mas imediatamente após publicarem tais informações, o jornal é ameaçado de ser processado e fechado pelo governo por difamar e prejudicar o governo e o país.
Isso desperta indignação e revolta por parte de toda a mídia, pois vê que seus direitos garantidos por leis e constituição, estão sendo negados. Ao mesmo tempo, como é na década de 60/70, ainda havia muito preconceito e descrença nas capacidades das mulheres e na competência delas no trabalho e principalmente em altos cargos. Kay Graham é a primeira executiva e dona de um jornal, herdado de seu pai e também de seu marido, assumindo o cargo e controle do jornal. Mas havia muita intolerância em relação à sua posição, além do menosprezo para com suas capacidades. Tais problemas e obstáculos exerciam grande pressão nela e dificultavam muito sua vida pessoal e profissional.
Dessa maneira, o drama engloba tanto o preconceito com as mulheres no mercado de trabalho quanto a liberdade de imprensa e o filme nos mostra bastante destes embates e atritos. Em diversos momentos, consegue transmitir o estado caótico que a mistura destes dois problemas gera e agrava a situação. Como a determinação de alguns indivíduos consegue prevalecer e mudar a história. Algo que gostei bastante é como o filme é capaz de deixar a situação ao mesmo tempo caótica, frenética e dramática. A pressão no trabalho, família, amigos quase sufocantes que Kay Graham vivencia.
O questionamento sobre valores juntamente com o conflito entre trabalho e amizades deixaram a história bem interessante e cativante, e me agradou bastante. Há muitos momentos tensos pela trama e alguns bem comoventes, então creio que tenha sido bem sucedido em transmitir o que pretendia. A trilha sonora e o visual também agradaram, tornando toda a experiência do filme bem positiva.
Se mostrou um filme bem interessante para os que gostam de dramas, filmes baseados em fatos reais e históricos. Gostei e aconselho a todos terem esta experiência também. Bom filme e bom entretenimento à todos!
