Shinji Higuchi mostra sua visão da obra “Shingeki no Kyojin”

Shingeki no Kyojin ou Ataque dos Titãs, como é conhecido no Brasil, se tornou atualmente um das grandes sensações queridinhas dos Otakus. Ter um live action, em um curto prazo, é uma grande responsabilidade e muito arriscado:  o risco de fazer algo ruim ou que não agrade os fãs é alto.

Tropa de exploração titãs

O diretor Shinji Higuchi resolveu assumir a responsabilidade, de fazer um filme com um orçamento apertado, que mostrasse o mundo do Shingeki com pessoas de verdade.

Sendo famoso em suas obras e reconhecido por Gamera daikaijû kuchu kessen ( filme onde um carnívoro voador gigante enfrenta uma tartaruga alienígena ) e por Shin Gojira ( simplesmente o filme japonês mais recente do Godzilla ),  era de se esperar que o trabalho de apresentação dos titãs, assim como as cenas de destruição fossem perfeitas e agradassem o público, mas infelizmente um bom diretor não faz milagres com um roteiro ruim.

Visualmente o filme está lindo, repleto de cenas icônicas (do mangá e do anime), percebe-se que isso foi feito realmente para agradar os fãs (o visual, as roupas, o sangue!!!). Sim, é um filme tão sanguinário quanto o anime, nisso o longa não desapontou. Porém, infelizmente, mexeram onde  doí em todo o fã: a personalidade dos personagens está diferente. Nossa Mikasa, assassina de titãs, continua sanguinária, mas com uma personalidade, postura e atitudes diferentes do que esperávamos, principalmente quanto ao Eren. Ok, ele ser um frouxo em alguns momentos no mangá, mas precisa multiplicar isso por 10 no filme e transformar ele em um covarde que só atrapalha praticamente?

Muralha de titãs

Além dos personagens tivemos uma outra adaptação que não foi o que esperávamos (mas isso até que agradou), ao invés do mundo medieval mostrado no anime, com cavalos e espadas, no filme temos claramente um Japão pós apocalíptico, com alguns traços steampunks e de uma guerra que aconteceu, com pedaços de bombas e veículos adaptados do resto que sobrou.

Para quem nunca viu nada sobre Shingeki no Kyojin, o filme agrada e promete mostrar muito sangue, beirando um filme trash de terror japonês. Para o fãs que amam (deixando as cenas icônicas representadas com perfeição de lado): vocês vão passar raiva, com personagens adaptados e pequenos detalhes que foram deixados em branco.

Resta esperar a segunda parte do filme, para vermos as melhorias e qual será o final!

 

Nerd: Richard Brochini

Richard Brochini, 31 anos, trabalha há 13 anos com desenvolvimento de projetos para TI. Cientista maluco, dronemaker e gamer :D Para entrar em contato: http://richard.brochini.com/

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