3 anos ! Parece que um abismo separou os fãs de Elder Scrolls do mundo de Tamriel. Mas finalmente a espera acabou e no início desse mês a Bethesda abriu as portas (8080 dos servidores) para a galera mergulhar na mais nova aventura: The Elder Scrolls Online. Nesse primeiro mês eu estive jogando e vou contar um pouco do que vi pelas minhas andanças nesse incrível MMORPG.
Vou começar com um pouquinho de história do jogo, ok? Depois passo para o gameplay.
ESO (vou abreviar pra ficar mais fácil) se passa mil anos antes dos eventos do ultimo jogo, Skyrim, contando sobre a invasão de Molog Bal, um daqueles deuses Dedric malzões das quests dos jogos anteriores, a Tamriel. Essa invasão está ferrando com o Império e as raças começam a criar alianças para combater o deus malzão, só que cada aliança com seu interesse particular (obviamente).
As raças são as mesmas dos jogos anteriores, com a diferença de que não é possível jogar com os Imperials a não ser que você tenha comprado a versão Imperial Edition, que vem com uns extras bacanas como um cavalo (acredite, você vai querer um).
Cada raça está juramentada a uma aliança, não sendo possível trocar essa aliança. Por exemplo, se você escolhe um Nord, você está automaticamente juramentado a Ebonheart Pact e ponto final. Somente os Imperials podem escolher qual a aliança que irão se juramentar. Então escolha com atenção !
Existem 4 classes no jogo: Dragonknight (guerreiro porradeiro), Sorcerer (mago), Nightblade (assassino) e Templar (suporte porradeiro). A classe independe da sua raça, porém cada raça tem habilidade naturais que potencializam a classe caso ela seja escolhida. Por exemplo, um Orc caso seja um Dragonkignht tem bônus naturais por usar Heavy Armor e Two Handed Weapon. Mas pelo menos nisso o jogo te dá a liberdade de escolher, mesmo que você escolha um Altmer guerreiro, né? (vai entender…)
Além disso tudo, tem toda aquela paradinha maneiríssima de escolher vários detalhes do personagem, como o rosto e corpo, com a novidade de que agora você escolhe a voz também, mas infelizmente os personagens continuam não falando nada, só gritando quando atacam e quando morrem.
Ufa… Tá agora vamos ao jogo de fato!
Se prepare para horas de download. ESO tem simplórios 29GB de tamanho. Eu comprei e só consegui jogar no dia seguinte.
Depois da espera e de alguns travamentos iniciais na montagem do char, consegui montar um Altmer Sorcerer, logicamente juramentado a Aldmeri Dominion. O jogo inicia em um mundo diferente, chamado Coldharbour, que se parece muito com o Soul Cairn do DLC Dawngard do Skyrim. Esse mundo funciona como um tutorial e é bem simples de passar.
Depois de concluído, você finalmente chega a Tamriel, só que dependendo da aliança que sua raça pertence a província inicial muda. Eu como sou da Aldmeri Dominion, comecei em Auridon, uma cidade elfica belíssima.
Em Tamriel você pode vagar loucamente como fazia em Skyrim e do nada encontrar muitas, eu disse MUITAS quests espalhadas. Faça todas as quests possíveis, são elas que te dão o XP necessário para upar bastante.
Existe uma quest principal do Prophet que você salvou em Coldharbour que constantemente fica te chamando para fazer algumas missões com ele. É bom para aqueles que gostam de seguir uma certa linearidade.
E ele tem PVP ! Mas em uma sala separada para que os coleguinhas não te matem no meio de uma quest importante, né? Isso é bem chato (huehue).
O modo PVP se passa na província de Cyrodill e existem algumas salas pra isso. Quando for para o PVP eu indico fortemente a sala Auriel´s Bow, que é a que tem mais coleguinhas para você brincar de todas as alianças. Existem quests espalhadas por Cyrodill e existem quests da Alliance War, que geralmente são coisas simples como matar 20 jogadores inimigos, dentre outras coisas.
Pra tentar encurtar (é muita coisa!), decidi fazer uma listinha do que eu curti e do que não curti até agora.
O que eu curti:
– Os gráficos estão realmente excelentes. As cidades, assim como os personagens, estão muito bem feitas.
– Praticamente não fiquei esperando loading de nada. Eu peço pra abrir uma porta e quase instantaneamente ele está la dentro, muito bom mesmo !
– Já falei que tem muita quest? Existem MUITAS quests,das mais curtas as enormes, pra nenhum fã botar defeito !
– O mapa é enorme. Foi muito bom ver as terras que não conhecia antes de Tamriel, e rever as terras dos jogos anteriores com uma repaginada gráfica (The Rift continua lindo!)
– Muita variedade, assim como Skyrim, de armas, roupas, alquimia, enchancing, blacksmith. São muitas possibilidades do que fazer, que com certeza, reclamar de não ter o que fazer não tem como!
O que eu não curti:
– Não poder entrar na Imperial City. Eu não sei se vai ser aberto ao público depois ou não, mas me decepcionei de não poder entrar na majestosa capital do Império, era definitivamente uma das coisas que mais queria ver desde que admirava a torre de Cyrodill das montanhas de Skyrim.
– Assim como a maioria dos jogos, ele ignora as leis da física totalmente. Você consegue subir morros bem agudos, outros personagens atravessam literalmente por dentro de você, você atravessa algumas paredes as vezes, as vezes o personagem congela numa pose de ataque e fica andando assim. Enfim, erros bobos que em 2014 deveriam não acontecer a todo tempo.
– Chato você andar por vários cenários e ver varias armas ou armaduras e elas serem só parte do cenário.
– Cavalos são bem caros 🙁 e você definitivamente vai querer um
A conclusão dessa doidera é: ESO é um jogo sensacional que vale muito a pena jogar pra quem curte um bom RPG, mas tem que estar disposto a gastar 14 dólares mensais (fora os 59 dólares do jogo ou 79 da Imperial Edition) e aturar alguns bugs chatos. Mas hey ! O jogo foi lançado a menos de 1 mês, ainda espero que dias melhores virão e eu com certeza estarei lá para desbravar mais desse mundo fantástico.
Para os amigos que jogam ESO, me procurem no jogo para mais dicas e pra jogar junto ! Meu char é Ellariasand (DORNE 4EVER) !
