Resenha | A Menina Que Tinha Dons

Fala, galerê!

Meu primeiro post de 2015 e já começo bem com a resenha do livro “A Menina que Tinha Dons”

Escrito por M. R. Carey, conhecido roteirista de X-Men e Hellblazer (como é destacado na capa), este livro é um thriller pós-apocalíptico diferente de qualquer outro que eu já tenha lido, por dois motivos: 1. ele te dá a perspectiva de um mundo ~fodido~ como este, através da Melanie; uma garota de dez anos que é absurdamente inocente no começo do livro e 2. é um dos poucos que te dá uma base extremamente crível, ou seja, lógica e real.

Para quem ainda não leu, meu conselho é que procurem não ler resenhas que revelem muito, porque o legal dessa história é ir descobrindo de pouquinho em pouquinho junto com as personagens.

O que posso dizer, sem estragar a experiência para ninguém é que, justamente por ser roteirista de quadrinhos, as cenas de ação e suspense são tão bem encaixadas e descritas, que é possível imaginar tudo como um final na sua cabeça.

Se você não gosta de clichês, provavelmente este livro não é para você ~mas tu deveria dar uma chance pra ele ~, porque somos apresentados a tais clichês desde o começo na forma de arquétipo das personagens, pois temos:

A cientista maluca

A menina inocente

A “mãe” superprotetora

O cara durão fdp

O jovem tímido

 

Como é um livro curto, não há muito tempo para se aprofundar nas motivações e sentimentos de todas as personagens. Sendo assim temos algo mais pensado e trabalhado, sobre a protagonista. Mas calma, temos muita emoção, suspense e muitas partes nojentas e comoventes nestas páginas.

Apesar de ser um livro muito bom, devo acrescentar um ponto negativo que geralmente eu relevo: a tradução falha em alguns pontos. Como se trata de um ambiente pós apocalíptico, onde há tensão o tempo e todo e todo mundo está pelo menos minimamente ferrado, palavrões são bem recorrentes, e na hora da tradução, a disposição e ordem das palavras acaba ficando estranha às vezes. Então não se assuste se vir algo como “seu soldado de merda ruivo”. Se você se incomoda com este tipo de erro, é legal comprar a cópia na língua original (em inglês) para não ter este tipo de problema. se não –  não se preocupe, porque estes erros não são o suficiente para estragar a leitura.

Graças à experiência de Carey com roteiros, a história se desenvolve no ritmo certo; é mais lento no começo (e também mais filosófico), mas não de uma maneira tediosa, e então assume um passo mais frenético. E é aí que você não consegue parar de ler.

No geral, para quem curte suspense e zumbis/infectados, prepare-se, porque este é difícil de largar.

 

That’s all folk! 😉

Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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