Fala Khalasar, beleza?
Eu não faço parte da maioria das pessoas que achou Matrix 2 e 3, um lixo. Calma! Também não acho que se equiparam ao 1! Sim, acho que os irmãos Wachowski se perderam no caminho e deram um “final” fraco, perto do que poderia ter sido realmente, afinal “tudo que tem um início, tem um fim“. Mesmo assim, vejo muitas coisas boas em ambos os filmes.
Mas não é pra falar de Matrix que vim polemizar falar. Apesar de, como disse, ter gostado de “Reloaded” e “Revolutions“, os irmãos Andy & Lana realmente não me agradaram tanto desde Matrix (1). De lá pra cá, acabaram não fazendo nada que superasse a aventura de Neo atrás do coelho branco. O que mais me agradou foi “V de Vingança“, mas era uma adaptação.
Em 2014 rodaram “Jupiter Ascending” e se eu falar algo, serei injusto, pois não assisti. Apenas posso dizer com certeza que o Sean Bean morre (afinal, é o Sean Bean né? Não iriam quebrar essa regra, ou iriam?) e que não ouvi niguém fazer um grande barulho pelo filme. Sendo assim, vou considerar que este também ficou abaixo das expectativas que todo mundo colocou sobre os ombros dos irmãos desde 1999.
Eis que a Netflix, a empresa que revolucionou a relação entre espectador e filmes / séries resolveu entrar na história. A ruiva além de inovar o serviço de locação, começou a ensinar muita “gente” por aí a como criar novos produtos. Rolou uma parceria com os Wachowski e surgiram os Sense8.
Com uma premissa interessante onde 8 pessoas espalhadas ao redor do mundo compartilham conhecimentos e emoções como se fossem uma especie de entidade dividida em 8, são caçados simplesmente por terem esse “poder”, todo mundo ficou de olho no que a parceria Netchowski traria.
E ao ver o episódio 1, minha primeira impressão foi: “Puta que pariu, erraram de novo! Desistam Wachowski! Vocês só terão Matrix 1 e pronto!“. O episódio é arrastado, devagar, sonolento e nem mesmo o Sayid Jarrah, digo Jonas Maliki, conseguiu fazer com que eu não quisesse parar de ver no meio. Mas eu sofro de uma maldição… tudo aquilo que começo a assistir, tenho que ir até o final. No caso de uma série, isso quer dizer talvez eu passe temporadas sofrendo (por isso escolho bem as séries que vou começar a ver).
Então no episódio 2, as coisas começaram a fluir um pouco melhor. Até comecei a me envolver mais na história e a ficar curioso com aqueles malucos que falavam uns com os outros, em dois lugares, ao mesmo tempo. As cenas que brincam com isso são muito boas! E uma pontinha de esperança começou a tomar conta de mim… e foi massacrada novamente no episódio 3!
“Wachowski(s), qual é? Estou me esforçando! Caras, eu até defendo Matrix 2 e 3 as vezes! Vou parar com essa merda!” – e foi assim que quase me livrei da maldição. Quase.
Porque a partir do capítulo 4… Andy, Lana e a Ruiva provam que tinham uma história pra contar! E não apenas uma história, uma ótima história! Não somente uma história de ficção, mas um drama!
Eu comecei a quase sentir tudo o que Van Damme, Sun Bak, Nomi, Kala, Riley, Wolfgang, Lito e Will sentiam e compartilhavam uns com os outros. E essa foi a grande sacada da série, fazer com que o espectador seja um Sense8 (na verdade 9)! Minha vontade neste momento era de falar de cada um dos Sense8, porque cada um merece ser destacado! Mas se eu fizer isso, esse post ficará gigante, e já está maior do que imaginei que seria. Eu particularmente gostei muito de Van Damme, Sun, Wolfgang, Lito e Will.
Ah, e é bom dizer que a série trata de assuntos que fazem parte do nosso dia a dia e merecem a nossa atenção, mas que basicamente podem ser resumidas em liberdade e respeito, em todos os aspectos.
Confesso que a cena que me arrebatou foi… ATENÇÃO SPOILER ALERT: não veja o vídeo abaixo! Não irá estragar nada na história se você assistir, mas sempre tem gente que não gosta de saber de NADA mesmo né?
Cara, é de arrepiar! É de arrepiar porque me faz voltar no tempo, porque a me fez sentir conectado com os 8, porque música é vida! E eu cantei junto! Cantei, cantei mesmo! Nesse momento foi que eu me rendi aos Wachowski novamente! E finalmente deixei Neo para trás.
Ah… não poderia acabar o post sem falar de mais uma cena: como seria você ter uma experiência sexual com você mesmo, mas ao mesmo tempo ser outra pessoa? Hahah, louco isso né? Pois é, prepare-se para uma das melhores cenas de sexo já dirigidas (tudo com muito bom gosto).
É isso… sobreviva ao 3 primeiros episódios, e você saberá que bastou os Sense8 e a Netflix para os Wachowski voltarem ao topo!
Isto fica feliz em ser útil!
