Para sempre Alice | A Arte de Perder

Fala Khalasar, beleza?

Minha lista na Netflix está gigante e a cada dia aumenta mais. Séries e Filmes estão formando pilhas, digitais claro. Tem tanta opção que acabo não sabendo direito o que ver, e algumas coisas da lista, são empurradas pro fim da. E o filme “Para Sempre Alice” era um dos sorteados. Eu me interessei em ver, mas sempre acabava colocando outra coisa no lugar.

Até que uma noite, foi a noite (Dexter feelings). E devo dizer: que filme maravilhoso! Não é atoa que Julianne Moore ganhou prêmios e mais prêmios por sua atuação. Falar que ela é uma das melhores atrizes de Hollywood, é chover no molhado. Mas seria injusto não enche-la de elogios por este filme.

para-sempre-alice-featJulianne nos apresenta as várias Alices que a doença de Alzheimer acaba “criando”. Desde a Alice centrada, pragmática, vívida, dona de si e o mais importante, e o que ela mais ama em si mesma: comunicadora! Até uma Alice amedrontada, pálida e que não consegue mais encontrar as palavras que tanto amava.

O filme evidencia algo que eu nunca havia parado para pensar: que no fim de tudo essa doença é uma art, a arte de perder. Inclusive, essas palavras são usadas pela personagem em uma palestra absolutamente linda! Sempre que eu reflito sobre o Alzheimer, acabo me prendendo ao pensamento do quanto deve ser um inferno você se esquecer das coisas, e principalmente, de você mesmo. Mas é muito mais do que isso.

Me identifiquei muito com Alice, pois assim como ela, gosto de falar, escrever, me comunicar. Aliás, quase todo ser humano gosta de se expressar, de alguma forma. E ao vê-la perdendo-se em seus pensamentos, escorregando com as palavras, senti que a doença no fim acaba sendo uma lição de humildade, para a humanidade. É raro alguém que saiba lidar com a perda e nos esquecemos que isso acontece todos os dias, inexoravelmente.

Gostei muito da abordagem tomada para mostrar as relações familiares, como por exemplo, quando achamos que temos algo mais em comum com uma pessoa, mas que em uma situação extrema acabamos percebendo que pessoas aparentemente distantes, diferentes, acabam por nos entender mais do que as pessoas que se espera.

Devo até admitir que gostei da Kristen Stewart, não achei uma interpretação fenomenal, mas o trabalho foi verossímil. Mais do que Kate Bosworth, que parece ter trazido aquele ar apagado de Lois Lane pra cá.

As atitudes tomadas por Alice após descobrir a doença é o que mais me tocou. O modo de pensar, os planos e o projeto de futuro me deixaram perplexo por alguns momentos, e me peguei pensando: o que eu faria no lugar dela?

Nota-do-crítico-4

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Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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