Os Defensores, o sonho se tornando realidade

Faz aproximadamente três anos desde que um sonho começou a se tornar realidade para os fãs da Marvel. Os heróis Demolidor, Jéssica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro estrelariam séries originais na plataforma de streaming Netflix e esses heróis se encontrariam em outra produção do canal como um grupo.

Muito se passou desde então, fomos contemplados com temporadas excelentes, outras um pouco medianas (mas estão valendo) e finalmente chegou o dia de ver o resultado de todo o trabalho construído durante as histórias que introduziram e estruturaram esse universo de heróis nova-iorquinos ao formato de TV.

Marvel – Os Defensores acompanha as aventuras do quarteto formado pelos heróis Demolidor (Charlie Cox), Jessica Jones (Krysten Ritter), Luke Cage (Mike Colter) e Punho de Ferro (Finn Jones). Embora com personalidades muito diferentes, eles têm um objetivo em comum: salvar a cidade de Nova York. Esta é a história de quatro pessoas solitárias e sobrecarregadas por desafios pessoais que um dia percebem que a união pode torná-las mais fortes.

Primeiramente, devo dizer que as expectativas que vinha acumulando a respeito da produção não foram frustradas. Pelo contrário, foram atendidas e até mesmo superadas. Passando desse ponto, também devo dizer que independente de estar relacionada como o universo nerd e de heróis, Os Defensores é uma série excelente. Fico muito feliz em perceber que o ano de 2017 foi um ano especial para o formato televisivo de produções audiovisuais. A sensação é a de que a cada lançamento é possível que aquela seja a melhor série do ano.

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Sem mais enrolações, Os Defensores, começa com a responsabilidade de situar o espectador a respeito de cada um dos integrantes do grupo de maneira que seja explicativo para quem não viu nenhuma das séries lançadas anteriormente e que não seja entediante para quem já acompanha as produções regularmente. Essa tarefa é alcançada com sucesso e o espectador é levado a conhecer o que se passa na vida dos personagens desde que cada um foi visto pela última vez e o que estão sentindo em relação ao que passaram.

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Havia certa preocupação de que a união dos heróis e dos personagens coadjuvantes fosse algo forçado e que só fizesse sentido para alcançar o objetivo de mostrar os personagens unidos como partes de um mesmo universo compartilhado. Ainda bem que isso não se tornou uma realidade. O contato entre os personagens principais e os coadjuvantes de todas as séries é bastante natural e não usa de artifícios superficiais para que eles se encontrem. Olhando da perspectiva de cada um e partindo do que foi estabelecido como personalidade e características pessoais, o que acontece que os coloca no mesmo cenário e as decisões tomadas por eles dizem respeito ao que foi proposto individualmente.

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É muito bom ver a interação dos protagonistas. Cada um carrega uma história complicada e isso acaba refletindo nas ações deles. No início desconfiando das intenções e após se tornando leais uns aos outros, a formação do grupo é orgânica.

A decisão por produzir oito episódios ao invés dos clássicos treze das histórias individuais foi muito acertada. O ritmo dos episódios, os ganchos e ligações entre eles trabalharam um arco dramático bem estruturado e conciso. O roteiro é bom, apresenta um ponto de ligação entre os heróis que funciona e justifica o encontro: a organização criminosa conhecida como Tentáculo. Superando outra preocupação, o Tentáculo sendo colocado como vilão não é repetitivo ou chato como algo antes visto, mas pode intrigar por revelar o que é a organização de fato.

O elenco é incrível. Sem exageros. Já se sabia o que estava por vir em termos de atuação, porém o um elenco composto por atores competentes fez com que Os Defensores tivesse um brilho a mais. A atuação de Charlie Cox como Matt Murdock é sensacional, muito verossímil. Krysten Ritter entrega uma Jéssica Jones novamente ácida e que funciona como alívio cômico. Mike Colter está muito bem no papel e dá vida a um Luke Cage herói do Harlem, que se importa com as pessoas reais, com seus vizinhos e jovens que vivem ao redor. Finn Jones incorporou um Danny Rand mais convicto de sua causa e de si. O elenco ainda ganhou uma excelente vilã. Alexandra é vivida pela MARAVILHOSA Sigourney Weaver que apresenta uma forte líder para o Tentáculo.

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A fotografia da série é diferente e surpreende trazendo perspectivas diversas a respeito do que está se passando na cena. Alguns enquadramentos causam estranhamento, mas de maneira positiva e que pode cativar o olho do público. A direção de arte da série é bem explorada, com cores e objetos de cena que representam cada um dos personagens. Sendo o verde para simbolizar o Punho de Ferro, amarelo para o Luke Cage, Azul/Violeta para Jéssica Jones e vermelho para Demolidor. Além de reforçar a presença do personagem no cenário, as cores os colocam em perspectiva e são simbólicas na interação deles.

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A ação é bem dirigida e a coreografia de luta muito bem produzida. O estilo de combate de cada personagem é bem claro e marcado, fazendo com que as sequências de ação sejam mais do que emocionantes e simples, complexificando os cenários de batalha e compondo sequências interessantes.

Sendo de certa maneira uma surpresa, Os Defensores supera as expectativas, juntando personagens complexos que compõem um grupo diferente em uma série bem produzida. Vale ainda fazer menção a abertura lindíssima do programa. A série deixa um gancho muito bom para produções futuras. Resta esperar como será daqui para a frente para o universo de heróis da Netflix e torcer para que as produções futura repitam os acertos dessa.

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Nerd: Gabryel Oliveira

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