Obstinação tem novo sentido em O Dono do Jogo | Crítica

O filme O Dono do Jogo, que estréia esta semana (28/04) nos cinemas do país, é baseado na vida e trajetória no jogador de xadrez, Bobby Fisher.

O filme mostra a sua vida desde a infância até seu auge mundial como jogador de xadrez. Desde pequeno, Bobby lia muito e se interessava pelo jogo, se tornando auto-didata. Foi atrás para aprender a jogar e como as coisas funcionavam, e entender cada vez mais jogadas e táticas.

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Mesmo pequeno, foi apresentado à um excelente jogador na cidade onde morava, com o intuito de que obtivesse orientação e um foco. Desde garoto Bobby fica não admite a derrota e isso o faz continuar jogando e evoluindo. Conforme os dias, meses e anos se passam, ele fica cada vez melhor e se dedica completamente ao xadrez. Começa a participar de competições, e com isso passa a ser visto e falado por onde passava e jogava, ao ponto de ser reconhecido onde quer que fosse jogar.

Em decorrência  da família e época em que vivia, começa a ouvir coisas que eram bem controversas e até preconceituosas e isso acaba influenciando-o. Quando chega nos seus vinte e poucos anos, havia se tornado um mestre e esse feito entrou para a história como o mais jovem mestre a ser reconhecido. E havia se decidido que iria enfrentar e derrotar os russos, pois estes eram os melhores jogadores do mundo.

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Toda sua trajetória espetacular e bem sucedida, fez com que ele se tornasse cada vez mais em uma pessoa arrogante, confiante e muito exigente. A paranoia e excentricidade do rapaz o coloca em situações cada vez mais embaraçosas, constrangedoras e controversas.

Após enfrentar o campeão mundial Boris Spassky e perder, passa à ficar obcecado com o xadrez e resolve jogar e derrotar todos os grande mestres, e assim o faz. Este feito deixa muita gente perplexa e o motiva a enfrentar novamente Boris, mas dessa vez uma disputa de melhor de 25 partidas, ao invés de apenas uma.

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E esta disputa é vista como o grande confronto da Rússia e Estados Unidos! Mas Bobby estava tão incomodado e desconcertado com tudo que os cercava durante a primeira partida, que acaba perdendo e desistindo (de novo) de continuar. E após perder a segunda por não comparecer, é convendico a retornar e com isso a disputa toma um rumo sem precedentes e impressiona o mundo todo com a excentricidade, paranoia e a genialidade  de ambos os jogadores.

Esta trajetória impressiona e prende a atenção pela sua profundidade e complexidade: toda a pressão e críticas repercutindo nele, e como foi algo ainda mais significativo, levando-se em conta que se passou na época da Gerra Fria. Viu-se este confronto não apenas de grandes jogadores, mas um confronto das  duas grandes potências – Estados Unidos e Russia. Filme muito interessante para fãs de xadrez, interessados em filmes baseados em fatos reais; ou mesmo aqueles que gostam de grandes confrontos ou disputas; filmes de época; antigos e os que contam sobre a trajetória e dramas pessoais.

Nota-do-crítico-5

Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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