Com um assunto muito sério e delicado, sequestro é o tema deste filme que estreia dia 7 de setembro nas telas de cinema nacionais. O Sequestro (Kidnap) é dirigido por Luis Prieto e com roteiro de Knate Lee. Conta com atuações de Halle Berry (Karla Dyson), Sage Correa (Frankie), Chris McGinn (Margo), Lew Temple (Terry), entre outros.
O que fazer e como reagir quando alguém próximo é sequestrado diante de seus olhos?
O filme conta a história de Karla Dyson, que trabalha como garçonete e que tem um filho pequeno (menor de 10 anos), Frankie. Ela está separada do pai da criança, então cuida sozinha dele. Em um dia ensolarado, ela sai do trabalho pra ir ao parque com seu filho e o lugar está cheio. Eles se divertem e andam pelo parque, sempre fazendo uma brincadeira: ela diz “Marco” e ele completa com “Polo”.
Porém, quando ela precisa atender um telefonema que trata de um assunto complicado: o pai querendo a guarda integral do filho. Ela se afasta um pouco de Frankie para atender ao telefonema, mas quando desliga o telefone e volta, seu filho sumiu e não responde à sua brincadeira. Desesperada e começando a entrar em pânico, ela corre por todo o parque procurando por ele. Depois de um tempo, vê uma mulher colocando seu menino em um carro. E aí começa uma perseguição desenfreada atrás de seu filho.
Praticamente o filme inteiro se passa no desenrolar dessa perseguição e em suas consequências. Ao olhar a situação, vemos que é puro pânico e desespero ela ir atrás dos sequestradores sozinha e despreparada, pois não possui nenhuma arma, não sabe lutar e não tem nenhum treinamento ou recursos para lidar com esse tipo de situação e, acima de tudo, está sem o celular. Então, é o medo de perder o filho e a determinação em recuperá-lo que a impulsionam a persegui-los.
Ela resolve agir ao invés de puramente depender da polícia e ir atrás deles sabe-se lá quanto tempo depois. Não desiste em momento algum do seu filho e de trazê-lo de volta. Ao ver as diversas situações que ocorrem no filme, vemos que ela encontra coragem para não sucumbir ao desespero total, agindo e reagindo muito bem às situações, que incluem perseguição de carro em alta velocidade, colisões, ficar cara a cara com alguém armado, ver ameaçarem machucar seu filho algumas vezes e ser atacada também.
Parando para pensar, imaginar alguém comum, sem nenhum recurso e somente com a determinação, percebemos que somente muita coragem a levaria a fazer o que ela fez. E vemos que, em momentos críticos, uma pessoa é capaz de fazer coisas que normalmente nunca pensaria em fazer ou teria coragem para tal.
Achei interessante como abordaram a situação, pois conseguiram mostrar uma pessoa comum e determinada realizando algumas coisas, sem fazer parecer um filme de ação ou a personagem parecer ter qualquer tipo de treinamento. Não teve nenhuma cena absurda ou forçada, ao meu ver.
Senti o clima de tensão durante o filme inteiro, então nesse ponto, conseguiram transmitir isso e mantê-lo por toda a narrativa. Uma cena que achei meio errada foi quando ela havia ficado parada um tempo e não estava seguindo o carro dos sequestradores, mas resolve após uns instantes voltar a andar e ir atrás deles. Mas rapidamente ela os alcança, mesmo sem correr muito, o que dificilmente aconteceria. E depois, quando chegam em uma estrada vazia, ela está atrás deles bem perto e parece que não a vêem seguindo, o que é muito estranho, pois de acordo com tudo o que já havia acontecido no filme, eles deveriam estar atentos com ela logo atrás deles e sabiam muito bem qual era o carro dela.
Mas o filme não é comprometido por essas cenas e a tensão não é quebrada com isso. Em um determinado momento, ela chega a quase desistir de segui-los, mas ao perceber que haviam inúmeras crianças desaparecidas e nenhum encontrada pela polícia, resolve continuar. Como um todo, achei que o filme conseguiu transmitir a tensão e suspense que propunha, e por isso vale a pena assistir.
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