O que torna o ser, humano? O Planeta dos Macacos: O Confronto

Fala Khalasar, beleza?

Eu tenho algumas paixões na vida, e uma entre elas é cinema! Sou daquele tipo de pessoa que quando começa ver um filme não gosta de parar por nada no mundo. Ficar pausando durante a “sessão” me irrita absurdamente. Admito, sou chato (pá caraleo)! E não só com filmes, mas com muita outras coisas… mas isso é assunto pra outro dia.

Mas ao mesmo tempo que tenho essa chatice aguda, sou muito maleável quando se trata na questão de avaliar um filme. Acredito que você não pode comparar todos os filmes. Existem filmes que foram feitos apenas para te fazer rir, outros para te fazerem pensar, outros para te questionar e por aí vai.

O que me irrita é quando um filme se propõe a algo e não o faz. Eu não espero assistir a “Transformers” e que isso me faça pensar na vida, mas espero que eu pelo menos consiga saber quem está batendo em quem (o que não consegui em 4 filmes)!

“Tá Carlos, mas o que isso tem a ver com O Planeta dos Macacos: O Confronto?” – calma! Eu explico! Você deve ter pensado que eu ia falar mal do filme né? Bom, se foi isso, pensou errado. Eu já havia adorado o filme de “O Planeta dos Macacos: A Origem“, mas esta continuação me encantou.

Gosto muito de filmes que questionam a humanidade, que nos fazem repensar o que é realmente ser humano? Não importa o que usem para isso: sejam robôs (Eu, Robô), extra-terrestres (Distrito 9) ou animais. Sempre fui fã da saga original, mas o mais novo filme da franquia consegue fazer isso com uma proeza incrível.

Não preciso nem dizer as coisas óbvias: efeitos especiais fantásticos, atuações incríveis, trilha sonora impecável. Hoje vou me abster de falar da parte técnica, que por si só já faria valer a pena os 130 minutos de sua vida. Tá bem, apenas vou ponderar um ponto: a atuação de Andy Serkis! Cara, ele me fez acreditar que o César realmente existe! Aliás, que personagem fantástico é este símio!

E praticamente tudo o que eu quero falar gira em torno de César. Bom, não preciso dizer como nós seres humanos, frequentemente, mostramos nossa pior face uns com os outros, certo? As notícias diárias estão aí para comprovar isso. É claro que em um mundo com macacos inteligentes, nossa convivência não seria das melhores.

César aprendeu muito bem com os humanos, que todos tem dentro de si luzes e trevas, e após entender que estes nunca veriam sua espécie como iguais, tomou a sábia decisão de manter sua família (como ele mesmo chama) protegida e longe do convívio com seus parentes sem pêlos (alou Tony Ramos!).

Mas é claro que um reencontro era inevitável, e com isso a linha que separa as espécies começa a desaparecer. Assim vemos que ambas são mais parecidas do que se imaginara (e não somente pelo DNA). Todo o mal que César viu e acreditava que pertencia somente aos seres humanos, começa a se enraizar dentro de sua família.

Desta maneira, presenciamos como uma amizade pode ser destruída quando alguém não sabe e não consegue lidar com o ódio dentro de si. E como este ódio pode ser transformar em desejo vingança, e o desejo de vingança se transformar em ânsia pelo poder. Até que ponto alguém é capaz de ir pra subjugar aquele que foi o causador de seu sofrimento, mesmo que no processo ele mesmo tenha que subjugar, ferir e matar aliados? O mais “engraçado” é que esta é a realidade em muitos lugares por aí.

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César vê seu sonho destruído e sua família a mercê  das atitudes desesperadas de ambos os lados. A todo momento ele é colocado a prova de como guiar sua família, e aqui vejo a maior inversão demonstrada no filme: César parece ser mais humano do que muitos humanos! Apesar de ter vivenciado na pele a maldade de seus criadores, ele sabe que estes também são capazes de gestos inexplicavelmente carinhosos, enquanto o líder dos humanos se mostra incapaz de ser racional e enxerga os símios apenas como “animais”, transformando ele mesmo em um.

“O Confronto” não serve apenas para nos situar e explicar como o mundo se transformou na sociedade mostrada na saga original, mas dá uma tapa na cara de nossa atual sociedade mostrando atitudes diárias que realizamos com nossos semelhantes pelo simples fato de terem cor, credo e/ou cultura diferentes.

Se ainda não viu, corre!

Isto fica feliz em ser útil!

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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