O que esperar de Malévola?

Neeerds! Que saudades que eu estava de vocês! 😀

Fiquei um tempo longe, período de provas e entrega de trabalhos na faculdade. Mas consegui vencer todos os levels e já estou de férias, com uma pilha de livros, HQs, assuntos e seriados pra vir falar com vocês! Yaaay! Hoje vim falar da minha experiência assistindo ao lançamento Malévola, da Disney.

Nota do filme: uou!

Em primeiro lugar, se você espera uma adaptação fiel do conto de fadas proposto pela própria Disney há anos atrás, não aceita mudanças nos conceitos estabelecidos e vai ficar putinha com qualquer alteração do que você acredita, não veja o filme. e saia daqui. xô, xô! Mentira, fica mais um pouquinho! Quem sabe não posso te convencer que rever os conceitos pode ser uma coisa boa, divertida e reflexiva?!

Eu tenho muuuito o que falar sobre o Malévola. Mas prometo me controlar e me ater ao “básico”. Há anos rolavam os boatos de que a Angelina Jolie faria o papel, e fiquei muito animada quando o filme foi oficialmente anunciado. Vi o trailer quando assisti Divergente, e conseguiu prender minha atenção. Mas, mesmo assim, fui com os dois pés atrás ontem ao cinema. Não esperava nada demais, esperava até me decepcionar, com alguns comentários que vinha lendo de que o filme e a história tinham muitas falhas, que o diretor, por ser seu primeiro trabalho como diretor e não mais como “o cara dos efeitos especiais”, deixou a história de lado e mandou ver no visual do filme. Nhé, eu discordo. Os efeitos são lindos, sim, e equilibram bem com a história. Falhas?! Sim, algumas. Mas bem menos do que as falhas encontradas na história “original” de A Bela Adormecida. Um desenho que, no máximo, assisti só duas vezes de tão boring que aquela princesa é. Que maldição que nada, aquela caiu no sono de tédio, e eu teria feito a mesma coisa.

Nunca vi graça em princesas, nunca. Só a Mulan, e um pouco da Bela. E nas nova, como a Merida, a do Frozen (odiei Frozen com todas as minhas forças. Essa droga de desenho sim tem MUITAS falhas no roteiro, exageros, piadas esdrúxulas… Eu odeio aquele boneco de neve, acabou com meu dia lembrar dele, mas a rainha do gelo lá que nem lembro o nome arrasa! Coitada, toda mal compreendida e a irmã sonsa que ganha destaque). ENFIM, eu sempre dei mais bola para os outros personagens. Engraçado que esses dias eu estava conversando com a Nathalia, da minha faculdade, exatamente isso. Eu nunca dei bola pras princesas, eu sempre gostava de outros personagens que não deveriam exatamente receber a atenção principal. Na Bela e a Fera, mesmo, sempre gostei muto mais do Fera. Em forma de fera, que isso fique bem claro. Em Branca de Neve, os anões. E por aí vai. O foco aqui é pra dizer o seguinte: me amarrei na proposta de Malévola exatamente por isso! Mostra outra perspectiva, nos oferece uma opção, um outro lado da história para compreender o ódio de Malévola, e suas ações.

Foi uma desconstrução de todos aqueles padrões Disney de bem e mal unidimensional em uma pessoa, de amor verdadeiro e à primeira vista, de toda essa baboseira. Assim como os últimos filmes/desenhos feitos pela Disney, vem para adequar os conceitos medievais que nos foram impostos desde pequenininhos pelos contos de fadas. Vemos o esforço da Disney em destruir seus clichês, dando lugar a novos clichês. Sim, Disney, podemos ver seus movimentos! Já conseguimos adivinhar o novo padrão, hahahah! Nem todo mundo gosta desse tipo de mudanças, mas eu acho muito importante encontrar uma forma de criar novos valores para moldar as crianças. Aquelas princesas eram um pé no saco!  Graças que decidiram colocar algum conteúdo necessário em nossa realidade que tornam os contos mais… Interessantes!

Outra coisa: sem música. Disney sem música. Não é nenhuma novidade, mas no caso é um alívio dos grandes. A não ser no final, em que a… valsa(?) do desenho é cantada pela lindíssima Lana del Rey, e ficou incrível! Estou escrevendo a resenha ao som dela <3 ahahah!

Angelina Jolie ficou perfeita como Malévola. Li em algum lugar que depois de tantos papéis pesados, ela queria fazer algo “leve e bobo”. Entendi o que ela quis dizer, mas de forma alguma a personagem ficou leve e boba. Angelina conseguiu nos fazer amar uma das vilãs mais queridas ainda mais. E não só pela beleza dela, que, aliás, eu sempre disse não ser uma beleza superficial. A beleza da Angelina é uma coisa forte, marcante, perigosa… Quase má, não sei se entendem hahaha! Mas não tem nada de fada boa naquela beleza, mesmo em dias normais. É uma coisa diferente, que se destaca, surpreende e intriga. E é isso que ela faz com Malévola, não só na aparência, mas a atuação ficou divina. Eu adorei o “humor” da Malévola, adorei cada parte da personalidade dela. Na minha perspectiva, não vi nenhuma falha, ficou perfeita, de um jeito imperfeito!

Outro aspecto é o lado “sombrio” do filme, que mesmo ao lado de fadas coloridas, princesas e castelos, se destaca. Quando apareceram alguns dos seres mágicos, me espantei da forma como foram apresentados. Dando um certo “medo”, algo que não estamos acostumados no padrão Disney. Peraí, não estamos?! E a floresta da Branca de Neve? E aquela cena ME-DO-NHA de Dumbo, quando ele fica de pileque?! Tenho pesadelos com aquilo até hoje! Mas a Disney escondeu esse seu lado mais  “dark” nos últimos filmes, e aqui ele volta e permanece durante todo o filme, em maiores e menores quantidades. Mas claro, no limite Disney de medo/terror/coisas do tipo, tão assustador quanto um filme da Disney se permite ser.

ZUUL MOTHAFUKA ZUUL!

Eu não vou detalhar a história aqui porque fui assistir sabendo o básico, e gostei das surpresas que tive. Em um resumão geral, a história começa nos mostrando o que fez Malévola ter ódio do Rei, e do reino, ao ponto de lançar uma maldição tão terrível. Somos apresentamos a linda história dela, acompanhando e entendendo seus sentimentos. Até concordando com eles. Enfim, a maldição é lançada e Aurora cresce longe de sua família para se proteger, e na floresta sua curiosidade a leva a criar um grande laço de afeto com as criaturas mágicas. Ok, chega, paro por aqui.

De resto, digo apenas que a princesa Aurora é interpretada pela irmã da Dakota Fanning, Elle, que já fez alguns outros filmes e tá fazendo o maior sucesso. Gostei da moça, conseguiu me fazer ter simpatia pela Aurora. E, ainda falando da princesa, volto quando ela era pequena. A versão “neném” de Aurora é interpretada pela filhinha da Angelina Jolie, em uma cena de explodir em arco-íris e risadinhas. GEENTE! Que coisa mais fofa oun nhom nhom aawn *-*!

Falando em risadinhas, o filme tem o tipo de humor que me agrada. Simples, irônico e contido, nada de exageros VIU OLAF APRENDA. Um humor “clássico”, “chique”. Hahahah!

Aliás, vi que algumas pessoas se incomodaram com a oscilação dos poderes dela. Mas eu consegui justificar todas as falhas que me apontaram nesse quesito. Talvez houvesse horas em que o MP dela estivesse apenas baixo, ou drenado. Hahaha! Eu não me incomodei com isso porque interpretei no que ficou subentendido sobre eles, as capacidades, os limites e a vontade e necessidade dela de usá-os ou não. Confesso que algumas discrepâncias na história foram a única coisa que me incomodaram mais. E aquele príncipe pastelão com cara de One Direction. Tirando ele, o filme ficaria milhões e trilhões de vezes melhor. Ele foi o maior erro. Grr. AAAA. Desnecessário.

Eu poderia debater sobre os motivos, intenções e conclusões do filme durante horas, mas acho que já deu pra entender o que vocês vão encontrar nas telinhas, né?! Eu encontrei uma agradável surpresa, uma boa diversão e uma nova diva. :p E não vou estragar a história para quem ainda não viu! Mas a proposta da Disney rende uma boa discussão para quem se interessa pelo assunto! Eu já defendi fortemente meus argumentos com o noivo, com quem fui assistir. Ele não gostou por mudarem a história demais. Eu tentei explicar que essa é, exatamente, a proposta. E passamos a manhã de hoje discutindo. Se eu não tivesse tanta vergonha, faria um vídeo depois me aprofundando mais nesses aspectos inovados por esse filme, e por outros. Hm, quem sabe, é uma boa ideia, mas fica para a próxima! ;D

Obrigada Disney, por quebrar os conceitos de que as pessoas podem só ser boas ou ruins. Ninguém é apenas uma coisa o tempo todo, oscilamos entre nossas escolhas, dependendo de nossos momentos e backgrounds. Obrigada por tri dimensionar uma história que agora, para mim, é uma de minhas favoritas. Eu acredito na nova versão de vocês! Hehe! Tem que ter coragem para mudar uma postura assumida há anooos, e fizeram isso com classe! Essas repaginadas em conceitos de contos de fada não são novidade, vide Encantada, mas todo o conjunto de Malévola me encantou. Malévola me encantou, oun!

Por hoje é só, nerds! Sexta feira, aproveitem o fim de semana e vão ao cinema! Tanta coisa boa passando… Meu próximo será o X-Men! Até a próxima!

Nerd: Evelyn Trippo

I just have a lot of feelings, e urgência em expressá-los. Tradutora (formação e profissão), aspirante a escritora e estudante de projetos em games. Pára-raio de nerds, exploradora de prateleiras em sebos e uma orgulhosa crazy pet lady.

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