Nostalgia – Os 35 Anos de O Retorno de Jedi

O episódio 6 da franquia Star Wars, O Retorno de Jedi, lançado em 1983 é, provavelmente, o mais controverso da saga.
Jedi1É fato que ele seja inferior a Uma Nova Esperança e O Império Contra-Ataca -isso não por demérito próprio e sim por mérito dos demais -, e não dá para isentar o filme dos problemas: o primeiro ato, com vários números musicais enquanto existe a tensão do Han Solo congelado por carbonita nas garras de Jabba the Hutt, são um alívio cômico que não tem graça nenhuma, sem contar que a sequência envelheceu mal e vê-la hoje em dia é um exercício quase que ingrato.

E os ursinhos de pelúcia, os Ewoks, são uma clara tentativa de George Lucas para atrair o público mais jovem depois do desfecho pessimista de O Império Contra-Ataca, embora esses, ao contrário dos números musicais já citados, não desviarem a atenção do espectador e do elenco principal, com nomes como Harrison Ford, a saudosa Carrie Fisher, Mark Hamill, entre outros.

No entanto, O Retorno de Jedi é um filme que não devia ser tão desprezado pelos fãs: Luke Skywalker, que já fora apenas um jovem como qualquer outro, fez seu treinamento Jedi com Yoda e descobriu a verdade sobre seu pai, agora é um guerreiro Jedi de fato. E o resgate a Han Solo em Tatooine é um dos momentos mais empolgantes da saga principal (e olha que os fãs de Star Wars preferem lembrar da franquia de forma filosófica e não como um filme de ação hollywoodiano), e mesmo agora, já tendo passado mais de 3 décadas, a cena continua eletrizante e bem produzida.

O pano de fundo para O Retorno de Jedi é quase o mesmo de Uma Nova Esperança: o Império está construindo uma nova Estrela da Morte, desta vez, mais poderosa. Na ocasião do lançamento, não foram apenas os fãs que torceram o nariz para essa decisão do roteiro, mas parte da crítica também. Alguns enxergaram isso como desculpa para fechar uma trilogia, continuar com essa saga tão lucrativa e ganhar dinheiro com o merchandising, ainda mais com os ursinhos de pelúcia acrescidos aos personagens já consagrados.

Jedi2Só que após os eventos de O Império Contra-Ataca, com os Jedi enfraquecidos e o Império ainda mais poderoso, não era nenhuma surpresa esperar uma nova arma para a conquista do Universo. Mas a melhor coisa mesmo de O Retorno de Jedi é o dilema de Luke com Darth Vader, desde seu aprendizado com o Mestre Yoda até o já clássico e inesquecível encontro de Luke, Vader e o Imperador.

A decisão de colocar um personagem tão mítico como Vader e considerado por muitos como o maior vilão da cultura pop para ajudar seu agora filho contra o Imperador foi corajosa, mas fez todo o sentido: mostra a redenção do vilão, existe toda uma filosofia por trás do momento, e mesmo um fã mais exigente, que torce o nariz para este filme até hoje não pode deixar de reconhecer a cena como uma das mais marcantes da saga inteira, contando a nova safra dos filmes agora na mão da Disney.

O Retorno de Jedi foi a maior bilheteria do ano de 1983, custou 32.5 milhões e faturou 475 nas bilheterias mundiais, além da venda Jedi3colossal de produtos licenciados e os DVD’s e Blu-Rays, vendidos em Boxes.
O filme também foi presença no Oscar, venceu na categoria de Efeitos Especiais e foi indicado a Som, Efeitos Sonoros, Direção de Arte e Trilha Sonora. Mas o prêmio principal de O Retorno de Jedi foi o legado de encerrar com honra essa trilogia tão respeitada, amada e importante para o cinema como a trilogia clássica de Star Wars. Ou Guerra nas Estrelas, dependendo do seu ponto de vista.

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Nerd: Raphael Brito

Não importa se o filme, série, game, livro e hq são clássicos ou lançamentos, o que importa é apreciá-los. Todas as formas de cultura são válidas e um eterno apaixonado pela cultura pop.

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