Nerd Review | O Nome do Vento

E aí, cambada!

Reportei há algum tempo atrás que tinha comprado o livro O Nome do Vento seguindo recomendações de diversos amigos e confesso que a experiência de ler este livro foi atípica. Comecei a ler o livro com um bom grau de expectativa, visto que tinha ouvido falar tão bem, porém, depois de cerca de 90 páginas, resolvi parar de ler. Coloquei o livro de lado e parti para outro.

kvothe_by_sandara

Explico: o começo do primeiro livro é, na minha opinião, bastante fraco. Esta série de livros (é uma trilogia, sendo que o terceiro livro ainda não foi lançado) relata a história da vida de Kvothe, um jovem bardo-mago-guerreiro-cigano-dono-de-taverna. Mas fazer de tudo um pouco não é suficiente, pois Kvothe faz tudo de maneira excepcional, e é aí que mora o problema. O começo do livro narra a infância de Kvothe em meio aos Edena Ruh, uma trupe itinerante de artistas e rapidamente torna-se cansativo ler sobre o quão fantástisco e prodigioso é o garoto. Ele é ótimo nisso! Não diga! Olha só, ele também é mais talentoso naquilo do que jamais se ouviu falar! Uau! Mas calma, ele também aprendeu aquilo outro em tempo recorde! OMGWTFBBQ! Na boa, quem é que suporta ler sobre o jovem Superman?

Então, larguei o livro e comecei outro (o excelente A Fundação, de Asimov). Quando terminei este outro, comentei com um dos amigos que recomendaram o livro que tinha largado O Nome do Vento e ele me encorajou a voltar. “Não pára não, o começo é lento mas depois engrena.” Resolvi dar ao livro uma segunda chance e AINDA BEM QUE O FIZ. Pouco depois do ponto onde parei, as coisas mudam radicalmente quando uma grande tragédia acontece e a vida de Kvothe muda radicalmente. A partir deste ponto, meus amigos, a leitura fica muito boa!

Kvothe

Nesta tragédia, Kvothe entra em contato com o Chandriano, um grupo mítico de seres cruéis que deveriam viver apenas nas lendas e a partir de então passa a perseguir pistas de sua existência e propósito. Sua ambição e garra o levam a buscar a Universidade, a instituição que forma os magos do reino. Boa parte do livro acompanha Kvothe em seu treinamento e um dos melhores aspectos do livro é justamente seu protagonista pois Kvothe, diferentemente do protagonista típico, é cabeça-quente e bocudo – mas por ser excepcional no que faz e por ser amigável e leal a seus amigos, reúne em torno de si diversos personagens interessantes.

O mundo que o autor cria na trama é muito elaborado e convidativo – há histórias, lendas e culturas para serem exploradas. Por fim, O Nome do Vento é um dos melhores livros de fantasia que li recentemente e deixo aqui a recomendação pela leitura e o encorajamento para passar das primeiras 100 páginas do livro. Se você consegui fazê-lo, não irá se arrepender.

Ah, já falei que o livro 2 é melhor ainda? Não? Beleza, fica pro próximo artigo 🙂

Nerd: Guilherme Goulart

Paladino Lolful Good de Ordem Batista, Game Designer, Traça de Livros, AD Carry, GURPS Enthusiast, Colecionador de Jogos de Tabuleiro, Headbanger, Fanboy da Marvel e Pai de um Novo Nerd.

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