Mundos Opostos | Crítica

O filme Mundos Opostos é dirigido e roteirizado por Christopher Papakaliatis. Apesar de ter sido lançado em 2015, está vindo agora para o Brasil. Conta em seu elenco com nomes como J.K. Simmons (Sebastian), Christopher Papakaliatis (Giorgos), Andrea Osvárt (Elise), Maria Kavoyianni (Maria), Minas Hatzisavvas (Antonis), Tawfeek Barhom (Farris), Niki Vakali (Daphne).

O filme se passa na Grécia em um cenário de crise e conflitos socioeconômicos na Europa, que leva à imigração em massa para o país e desencadeando vários casos de xenofobia. A história do filme se divide em 3 diferentes histórias de amor e paixão. Cada uma sobre uma pessoa grega e uma pessoa não grega.

Mundos Opostos 06Uma das histórias é sobre uma jovem estudante chamada Daphne, que ao voltar da faculdade para casa, é atacada por dois homens que a arrastam para um beco e tentam abusar dela sexualmente além de roubá-la. Porém um rapaz (Farris) impede e a ajuda a escapar e fugir. Nos dias seguintes, ao ir para a faculdade de ônibus, ele está vendendo coisas no farol e a vê, e resolve ir atrás e falar com ela. A partir daí, eles começam a se aproximar cada vez mais.

Mundos Opostos 03Giorgos é  um pai de família infeliz,  que não  se dá bem com a mulher e o seu relacionamento com o filho definha a cada dia. Esbarra com uma bela moça (Elise) no bar e os dois acabam tendo atração um pelo outro e vão para onde ela se hospeda para transar. Porém, o que seria algo de apenas uma noite, acaba sendo algo com uma certa frequência e seus caminhos cruzam muito mais do que ela gostaria.

Mundos Opostos 04E a terceira história gira em torno de um senhor (Sebastian) que se muda para a Grécia para viver o resto de sua vida. Num dia comum, ao ir no supermercado, deixa cair sua sacola e como tem problemas nas costas, pede ajuda para uma senhora (Maria) que está sentada no banco por perto. Apesar de falar pouco inglês, ela o ajuda e ele se encanta, convidando-a para conversarem em outro momento. A partir daí, eles se encontram toda semana para conversar e se aproximam cada vez mais.

Ao mesmo tempo (Antonis), um pai de família frustrado com a vida e o governo, chega num ponto desesperador e acaba culpando os imigrantes e forasteiros pelo que ele e o país passam. Acaba por se juntar à um grupo extremista que parte para lidar com as próprias mãos com os imigrantes, gerando muita violência e pânico.

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A maneira como esse preconceito e medo afetam os relacionamentos no filme é triste, impactante e interessante ao mesmo tempo, pois nos mostra como o ser humano ao mesmo tempo se entrega ao desespero e foge por medo e perda da esperança e amor; e também consegue se reerguer e seguir em frente ao descobrir um novo amor e esperanças renovadas. Como decidem sobrepujar os obstáculos e dificuldades para perseguir seus sonhos e seus corações.

Com elementos de romance e drama, possui momentos descontraídos, tensos e tristes. Achei bem interessante a reviravolta de como as histórias se conectam. É surpreendente ver como diversos aspectos mudam e outros se mantêm inalterados durante uma crise daquela escala.

 

 

Nota-do-crítico-4

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Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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