Tive o prazer de assistir à cabine de imprensa desta animação alguns dias atrás. Dirigido por Toby Genkel e Reza Memari, com roteiro de Jeffrey Hylton, Reza Memari e Joe Vitale. Estreará nas telonas nacionais amanhã, dia 26, e contará com sua versão dublada.
O filme conta a história de um pequeno pardal e sua jornada. Pois bem, um filhote de pardal nasce, mas infelizmente seus pais não estão mais por perto para garantir que sobreviva… Por sorte ou destino, uma cegonha acha o ninho justamente na hora que está nascendo, e resolve adotar o pequeno filhote. E como ele cresce em torno de uma família de cegonhas, acaba por achar que também é uma, apesar de ser bem menor e diferente. E este é o ponto principal da nossa história.
Após crescer com sua família até o inverno chegar, é deixado para trás quando migram. Resolve ir atrás da sua família, custe o que custar e assim inicia sua grande aventura. Este é um dos três pontos que notei como pilares deste filme: a importância da família, juntamente com a jornada de auto-conhecimento que devemos percorrer e o aprendizado que devemos adquirir nesta jornada, e por último, a importância da amizade e da confiança nos outros.
Conforme a história se desenrola, fica evidente o quanto é focado o laço familiar e o apoio e suporte que o mesmo nos oferece. O filme nos mostra que não importa o quão sejamos similares ou diferentes da nossa família, basta haver união e entendimento. Todo esse percurso para reencontrar a família, conhecendo novas pessoas e criando novas amizades ou a forma como ver a si mesmo ou encarar o mundo ao seu redor, é um desafio que todos temos que superar; de se conhecer e reconhecer para poder seguir em frente, e superar as dificuldades impostas pela vida (isso é mostrado pelo pequeno pardal e seus amigos, pois todos têm problemas que precisam ser reconhecidos e superados). O terceiro ponto é justamente as novas amizades que se estabelece e tanto o personagem principal quantos seus novos amigos (uma coruja anão grande e um periquito) percebem, cada um à sua maneira durante a viagem, que não se pode fazer tudo sozinho e que orgulho nem sempre deve ficar acima do bom senso. Sem contar que a confiança é algo que se conquista e é valiosa, além de ser fundamental poder contar com alguém e principalmente, ter alguém em que possa contar para ajudar. Resumindo: vejo como uma história de superação.
Agora em relação à animação em si e como foi conduzida, visualmente é de boa qualidade e agradou. É engraçado em diversos momentos, e mais sério e triste em outros. Creio que teve uma boa mistura de situações, me surpreendeu. No geral, gostei de como foi desenvolvida a história, apesar de alguns detalhes que achei meio forçados como, por exemplo, a recusa do pequeno pardal em ver e aceitar ser um pardal ao invés de uma cegonha. Mas alguns personagens e referências foram bem divertidas e originais, como por exemplo, os pombos e sua conexão com a internet ao ficarem nos fios, conduzindo-os pela rede. Achei legal e uma boa sacada.
Para a garotada será uma animação divertida e talvez reparem e reflitam sobre alguns destes pontos que mostrei, e para os adultos, provavelmente verão mais sobre estes dilemas e pontos que mostrei do que simplesmente um desenho divertido. É um bom entretenimento!
