Fui ao Cinemark do Pátio Paulista para assistir ao longa de animação japonesa Mazinger Z – Infinity. O filme tem data de estreia nacional através da rede Cinemark para o dia 07 de Junho.
Esta é uma continuação da série Mazinger, mostrando um mundo que se encontra em paz, após se reconstruir e reestruturar em decorrência de uma grande guerra com as forças do Dr. Hell, conhecida como Império Subterrâneo. Dez anos atrás, o mundo ficou em destroços por causa deles. Mas graças ao uso da energia de fótons, foi possível se reerguer em tão pouco tempo.
Mas a paz é abalada com uma nova investida para acabar com a humanidade de forma definitiva. Koji Kabuto, o herói da guerra anterior, é convocado para auxiliar no embate desta nova ameaça.
Para quem não conhece e não assistiu nem leu nada sobre esta série, ficará meio perdido durante o filme, sem entender algumas coisas. Como por exemplo: De onde vêm os robos Mazinger? Eles são todos achados, ou os humanos os construíram também? Pois não me ficou claro isso no filme. Um Mazinger gigantesco intitulado Infinity é achado e estudado, implicando que os humanos não o construíram. Mas e os demais robôs?
Eles possuem um estoque infinito de munição? Pois no decorrer da história, durante os combates, vemos eles usando quantias absurdas de balas, mísseis e afins e parece que não há limite para se preocupar. Fico imaginando se tem a ver com a utilização de energia Fóton e se é isso que cria a munição.
A animação em si achei legal, mas trama tem alguns pontos que ficam estranhos, sem explicação ou meio exagerados. Além do já mencionado, me incomodou as cenas de luta, pois praticamente todos os golpes e ataques usados pelo Mazinger Z, o seu piloto koji anuncia-os em voz alta. Não sei se ocorreria da mesma forma fora das telonas, mas ficou em um volume muito alto e em um timbre que me incomodou ele gritar “ataque X”, “ataque Y”, “ataque Z”continuamente em cada movimento dos combates. Poderiam ter diminuído a frequência.
Outra coisa que achei sem explicação, é o fato de que, em certo ponto, é dito que TODOS os seres humanos estavam vendo a luta dos Mazingers e que contribuíram para energizar o Mazinger Z. Mas até começarem as lutas, as pessoas estavam em seu estado natural – opiniões diversas e opostas, impedindo que entrassem em acordo na maioria das coisas. Mas como isso mudou de um instante para o outro e como houve a comunicação com eles? Ficou meio forçado e cliché ao meu ver, mas como não havia visto o que veio antes deste filme, pode ser que haja uma explicação prévia para estes pontos.
Outra curiosidade que tive é: como um exército composto por uma grande quantidade de robôs gigantes consegue ficar escondido por cerca de 10 anos? Pois é dito que após a guerra, haviam procurado exaustivamente por eles e não tinham encontrado nenhum.
Mas algo que achei interessante na história é como abordaram outros elementos presentes em torno dessa ameaça; os problemas mundanos que afetam as pessoas e as interações entra elas (problemas afetivos, conjugais, emocionais, medos e inseguranças).
Visualmente ficou legal, não tenho do que reclamar. Apenas em parte das cenas de combate, que às vezes ficou tão rápido ou caótico que não dava para ver tudo o que estava acontecendo, mas não atrapalha a trama ou o fluir do filme.
Para dar uma quebrada no clima sério e a tensão, há partes de alívio cômico e é bom, mas acho que exageraram um pouco nisso.
A minha impressão foi que este longa foi feito para fãs e não para atrair novo público. Apesar de não ter um conhecimento prévio da série, consegui entender e acompanhar boa parte da história; o que achei positivo e tornou a minha experiência mais agradável. Precisaria ver mais da franquia para tirar a minha impressão de ser mais uma “fórmula de robos gigantes”.
Mas para os fãs da série e de robos gigantes, é altamente recomendado assistir e se divertir! Aos demais fãs de animações, é uma boa pedida. Desejo uma ótima diversão à todos!
