Magnus Chase e os Deuses de Asgard | Primeira Impressão

Tudo começou em 2005, quando o primeiro livro de Percy Jackson foi lançado (O Ladrão de Raios). Nove anos e dez livros depois, chega ao fim a saga do nosso herói grego Percy Jackson. O último livro, O Sangue do Olimpo, foi lançado dia 7 de Outubro e contou a última aventura dos semideuses que marcaram muita gente ao longo dos anos.

Deixando a melancolia de lado; Percy  Jackson chegou ao fim, mas você acha que Rick Riordan parou por aí? Mas é claaaaro que não!

Quem lê os livros do tio Rick sabe que aquele troll sempre tem uma surpresa no final de cada livro e desta vez não foi diferente. Logo no final lá está a maldita frase que vai te fazer esperar por mais um ano:

colagem_Percyjacksoon_inset_to_postFall is Coming

Eu sempre achei que foi muito audacioso (talvez até demais) da parte dele apostar na continuação da série Percy Jackson com o Heróis do Olimpo. Achei que ele pararia com este último, mas eis que vejo este título:

Magnus Chase e os Deuses de Asgard- A Espada do Verão.

No começo pensei “Obaaaa, mitologia Nórdica. Bem mais ~violenta~ complexa e sombria do que a Romana e a Grega.” Naturalmente, este tipo de mitologia daria uma possibilidade muito maior no quesito trama, mas então eu vi a sinopse:
“Magnus Chase sempre foi uma criança problemática. Desde a misteriosa morte de sua mãe, ele viveu sozinho nas ruas de Boston, sobrevivendo graças à sua sagacidade e mantendo-se um passo à frente da polícia. Um dia, ele é encontrado por um tio que nunca conheceu – um homem que sua mãe considerava perigoso. Seu tio lhe conta um segredo impossível: Magnus é filho de um deus nórdico. Os mitos Viking são reais. Os deuses de Asgard estão se preparando para a guerra. Trolls, gigantes e monstros nórdicos estão se agitando perante o dia do juízo final. Para evitar Ragnarök, Magnus deve procurar pelos Nove Mundos uma arma que foi perdida há centenas de anos. Quando um ataque de gigantes de fogo o força a escolher entre sua própria segurança e a vida de centenas de inocentes, Magnus toma uma decisão fatal. Às vezes, a única maneira de começar uma nova vida é morrendo…”

Quer dizer que é EXATAMENTE a mesma coisa?! Adaptação dos deuses nórdicos aos dias de hoje, um semideus e aventuras para salvar o mundo? Importante ressaltar que na mitologia Nórdica não existem semideuses (no máximo, heróis que pensavam ser abençoados pelas divindades como Beowulf ou Ragnar Lothbrok). Do contrário das divindades gregas e romanas, os deuses Nórdicos eram mais duros até consigo mesmos, porque disciplina era uma virtude, então quando a trégua entre os Ymir e os Vanir aconteceu, a relação entre imortais e  mortais foi proibida. Não sei qual vai ser a explicação do tio Rick pra essa ~mancada~.
Admito que fiquei meio decepcionada, porque esperava que ele fosse sair da sua “zona de conforto” e se arriscar a escrever coisas mais brutas, por assim dizer.
Sim, eu sei que ele já escreveu romances policiais (como A Tequila Vermelha A Dança do Viúvo), que são voltadas para o público adulto, mas sinceramente nunca cheguei a ler nenhum. De maneira alguma estou dizendo que ele não tem habilidade para escrever, porque se o cara conseguiu conquistar gente de 18 anos com uma história que seria para jovens de 10 à 12, alguma coisa ele está fazendo certo.
Acho que no fundo, eu queria mesmo que Rick escrevesse algo nem tão adulto e nem tão jovem, porque meu receio é que as lendas, deuses e costumes deste povo tão determinado sejam infantilizado ao ponto de descaracterizarem a cultura.
Mas calma pessoal, isso é só uma primeira impressão minha por conta da sinopse e do nome do livro. Quando for lançado ~só o ano que vem~ com certeza vou ler e, se eu estiver errada juro que faço um post me redimindo.

Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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