Knights of Pen and Paper: Seu lápis é sua espada e sua ficha, seu escudo!

E A-Ê seus ‘rpgistas’, tudo belesma?

Quem aqui nunca deu “bolo” naquele RPG maroto de domingo que atire a primeira pedra! Se você é como a maioria e já fez isso, aqui está uma grande chance para você se redimir, pelo menos um pouco!

Knights of Pen and Paper +1 ou apenas KOPAP é um jogo distribuído pela Paradox Interactive  e produzido pelo super competente Behold Studios, uma desenvolvedora brasileira de indie game, que além desta obra produziu depois o também maravilhoso Chroma Squad.


KOPAP_mesadejogoKOPAP
 
é um jogo estilo RPG mas que não segue a linha à risca as “regras” do gênero, não as regras dos jogos eletrônicos, sua mecânica de combate é por turnos, até aí, tudo bem, mas a forma em que a ação e a história se desenrola nos remete ao bom e velho RPG de mesa, então espere sim, seu coleguinha saindo do personagem, espero sim seu companheiro querendo apenar brigar e também alguém querendo parar para comer ou dormir.

Além disso, toda a estética do jogo nos remete à jogatina com os amigos, o mestre narrando e interpretando os NPC’s, os refrigerantes fazendo os jogares irem no banheiro e perderam alguma ação importante, os salgadinhos que faziam os dados fiarem cheios de gorduras – até hoje acredito que todas minhas falhas nos dados foram em decorrência disso – mas como KOPAP nada é só estético, todas essas coisas podem ser alteradas, e cada uma delas influenciam no jogo, você pode customizar praticamente TODA a sua sala, buscando o melhor combo de benefícios para a sua partida, completamente incrível!

Na parte dos players temos inúmeras classes, guerreiro, mago, paladino, ladino e etc, são ao total 12 classes, sendo que sua party – seu grupo – pode contar no máximo 5 jogadores,  e aí você deve estar se perguntando:
“Mas e o lance das raças?”

Aí entra mais uma jogada de mestre da Behold, as “raças” aqui são representadas pelos próprios “estilos” dos jogadores – “Como assim?“- KOPAP_personagensdeixa eu explicar, cada jogador é representado por um “esteriótipo”, assim temos o nerd, o geek, o praticante de bully, entre outros. Assim cada um tem seu pacote de vantagens características, podendo-se montar inúmeras builds!

O game não traz uma história profunda, por se basear fortemente no RPG clássico de mesa acontecem várias campanhas com histórias fechadas, outro retirado direto da jogatina com papel e caneta é a utilização dos dados, mais frequentemente em viagens, vez ou outra numa missão (ou não) seu grupo terá de se locomover para outra cidade ou localidade, e no percurso encontros aleatórios podem acontecer.

Se isso é bom ou não, aí vai dos players, algo que pode não ser tão bom é que esses encontros aleatórios pode rolar se você decidir dormir fora de uma cidade segura – dormir restaura vida e mana – neste caso você se encontrará em maus lençóis se decidir dormir com seu time quase morto!

A dificuldade do game varia, enquanto está na cidade ou em acampamentos você pode pedir para o mestre batalhas para ganhar XP, nessas batalhas os inimigos e a quantidade deles são escolhidas por você mesmo, até aí, sem problemas. O problema está nas campanhas, você pode iniciar uma com nível requisitado de 5 por exemplo, e depois de algumas etapas este nível já estará no 30, sem brincadeira! Chega a ser frustrante você ter que desistir no meio da campanha para ter que se fortalecer em missões secundárias, que em sua grande maioria, são deveras repetitivas. Outro ponto que pode se dizer negativo é que tudo custa muito caro no jogo, aliado que não se tem uma forma muito efetiva de arrecadação de fundos, temos que seu grupo está sempre na “pindaíba”, atrasando e muito seu progresso no jogo.

Pontos positivos

  • Imersão e criatividade incríveis (sério, vocês perderão um bom tempo caçando referências)
  • Jogabilidade simples e intuitiva
  • Variedade na criação de builds dos personagens

 

Pontos Negativos

  • Tudo custa muito caro no jogo, em contrapartida a forma de consegui-lo é muito lenta, deixando seu avanço bem lento
  • Desbalanceamento de nível entre missões, você começa uma missão relativamente tranquila que se torna seu pesadelo num piscar de olhos
  • Missões secundárias repetitivas

 KOPAP pode ser avaliado de duas óticas diferentes:

Para os amantes apenas de games de RPG , ele é um jogo muito bom. Mas para aqueles mais hardcore que jogavam/jogam o a versão de papel e lápis do jogo, ele é MARAVILHOSO  trazendo vários elementos característicos, faltando apenas seus amigos de verdade.

Essa análise foi possível através de uma parceria da Nuuvem com o Novo Nerd.

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Nerd: Leandro

Padawan de jornalista, 29 primaveras e acredita que todas as Tekpix são na verdade Decepticons à espera de uma ordem da Skynet para acabar conosco!

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