King of Tokyo | Nerd Review

E aí, cambada! Guilherme aqui.

Bem-vindos a mais uma análise de um jogo de tabuleiro! Surpreendente, não? A essa altura, vocês provavelmente repararam que eu gosto um pouco de boardgames. “Só uma dose saudável”, eu diria. “Chega de comprar jogos!” responderia a minha carteira.

FICHA

Um dos filmes mais aguardados de 2013 para mim foi ‘Círculo de Fogo’. Err, quero dizer o ‘Círculo de Fogo’ de robôs e monstros gigantes, não aquele (ótimo) filme sobre o Vassili Zaitsev. Aliás, qual é o intuito de ter dois filmes diferentes com o mesmo nome? Círculo de Fogo trouxe aos cinemas um novo fôlego ao gênero Kaiju nos cinemas do mundo todo, com ação e visuais destruidores, inesquecíveis. Mais do que isso, ele inspirou este que vos escreve a jogar King of Tokyo e fazer esta análise.

Assim como nos filmes do gênero, em King of Tokyo cada jogador assume o controle de uma calamidade gigante que quer destruir Tóquio. Mas Tóquio é, de longe, pequena demais para todos esses monstros e robôs e apenas um poderá ser o rei de Tóquio! É mais ou menos assim:

Gameplay
King of Tokyo é, essencialmente, um jogo que envolve rolagem de dados e combates entre os monstros. Isso faz com que o jogo seja leve e interativo. Durante a sua jogada, o jogador rola 6 dados especiais e observa os resultados. O jogador pode decidir separar alguns dos dados e rolar novamente quais desejar, caso não goste dos resultados. O jogador pode ainda rolar uma terceira vez os dados que não quiser manter; após a terceira rolagem, ele terá os resultados dos 6 dados para usar em sua rodada.

dados

Através dos dados, os jogadores podem marcar pontos, acumular energia, recuperar pontos de vida, atacar outros monstros e entrar em Tóquio. Cada monstro começa com 10 pontos de vida e o primeiro a chegar a 20 pontos vence o jogo. Se você for o último monstro sobrevivente, você também ganha.

pontos

Para marcar pontos com os dados, o jogador tem que conseguir pelo menos três resultados de números iguais, e marca pontos conforme o número mostrado nos dados. Outra maneira de marcar pontos é entrar em Tóquio (que vale 1 ponto) ou permanecer uma rodada inteira na cidade (vale 2 pontos). Mas como entrar na cidade? Isso nos leva ao próximo resultado do dado: a garra.

garra

É com esse resultado que você entra na cidade ou ataca os outros monstros. Se Tóquio estiver sem monstros, basta um resultado de garra para entrar na cidade. Porém, mais comumente Tóquio terá outros monstros dentro dela. Nesse caso:

  • Para um monstro que esteja fora de Tóquio, cada garra causa 1 dano no monstro dentro de Tóquio.
  • Para um monstro que esteja dentro de Tóquio, cada garra causa 1 dano em todos os monstros fora da cidade.

Sempre que um monstro que está dentro de Tóquio leva dano, ele deve sofrer o dano e então decidir se quer permanecer na cidade (para tentar sobreviver até a rodada voltar à vez dele e marcar 2 pontos) ou sair da cidade. Caso o monstro saia, quem o atacou entra imediatamente na cidade (e já marca 1 ponto).

energia

Para diferenciar os monstros entre si, os jogadores podem acumular energia. Durante a sua jogada, o jogador poderá comprar uma das cartas da mesa, pagando em energia. As cartas lhe darão algum tipo de vantagem, que pode ser imediata ou ser um efeito permanente.

life

O resultado de pontos de vida faz monstros recuperarem vida. Um ponto importante: apenas monstros FORA de Tóquio podem se curar.

 

Experiência
Jogar King of Tokyo é muito divertido (se você não se importar com a dependência dos dados.). Rolar os dados é divertido e tenso e o drama de ter todos torcendo pelos resultados é palpável. Os jogadores vão comemorar animados quando conseguirem os resultados que estão tentando e vão xingar quando tirarem resultados horríveis. O fato de que os jogadores vão ‘filtrando’ a mão de dados dá um certo controle sobre o jogo, o suficiente para encorajar os jogadores a buscar o que precisam.

Jogadores que estão com seu monstro dentro da cidade passarão por rodadas tensas enquanto assistem todos os outros jogadores o atacando, e ele terá de decidir qual é o momento certo de sair da cidade e garantir a sobrevivência ou arriscar ficar e tentar ganhar mais pontos. É importante dizer também que King of Tokyo é um jogo mortal. É muito comum que jogadores sejam eliminados do jogo por serem atacados pelos outros. Esse alto perigo e interatividade fazem com que eu sempre fique animado quando alguém sugere King of Tokyo.
Entretanto, deixo aqui um aviso: evite este jogo se os jogadores do seu grupo não gostam de confrontos diretos.

Componentes
overview
Os componentes do jogo são ótimos. Os dados são sólidos, grandes e resistentes. Os monstros, feitos com material espesso, são grandes e divertidos. Os cubos de energia parecem doces. A arte do jogo (que é bem cartoon) é evocativa e divertida.

Resumo
King of Tokyo é um excelente jogo, que consegue ser light e altamente interativo. Ele se encaixa perfeitamente em 1h, ou entre jogos mais pesados. Este certamente é um jogo que não sairá da minha coleção. Vale lembrar ainda que já existem duas expansões para o jogo, mas estas eu deixo para um artigo futuro. Se quiser comprar o King of Tokyo, recomendo este link.
Até a próxima!

Ah, por sinal, se você se interessa Kaijus, confira o excelente vídeo do pessoal do Pixeland abaixo:

Nerd: Guilherme Goulart

Paladino Lolful Good de Ordem Batista, Game Designer, Traça de Livros, AD Carry, GURPS Enthusiast, Colecionador de Jogos de Tabuleiro, Headbanger, Fanboy da Marvel e Pai de um Novo Nerd.

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