Fala Khalasar, beleza?
Não, não vou ficar falando sobre os detalhes técnicos da produção de Spartacus, nem ficar comentando sobre a morte precoce de seu primeiro protagonista, Andy Whitfield. Todas essas informações basta uma pesquisa no Google né?
Vou falar sobre como essa série me encantou. É engraçado, pois algumas pessoas que conheço falam muito mal da série e os argumentos variam da coreografia das lutas até os efeitos visuais.
Contra estes argumentos o que tenho a dizer é: você deve ser um mestre da artes marciais para criticar a coreografia. Sim, existem outras produções melhores? Com certeza, mas dizer que tudo não foi muito bem ensaiado e pensado, é ser injusto. Contra os efeitos visuais o que digo é: você gostou de 300 não? Então, avalie bem, pois o estilo é muito, mas muito parecido! Inclusive com aquelas paradas nas cenas de batalha (o que confesso, cansa um pouco as vezes).
De qualquer maneira, a série tem o principal que uma produção deve ter: uma boa história e personagens cativantes! Podemos resumir a história em “um general que se tornou escravo, um escravo que se tornou um gladiador, um gladiador que desafiou o império“. Hahaha, tá, isso pertence a outra obra, mas que é bem parecido, é.
Tirando a parte de ser um general, todo o resto é bem verdade. E é claro que no meio de tudo isso, tem um amor perdido… um não, vários! Spartacus conta a história de como o amor pode salvar vidas… e complicar tudo, ao mesmo tempo.
E é a falta deste amor que guia Spartacus por toda sua trajetória. Do primeiro ao último episódio, todas as suas atitudes são baseadas no ódio que os romanos geraram no personagem ao ceifarem a vida de sua amada, e em como ela o enxergaria com cada decisão que ele toma. E aqui está o que mais me atrai na série: cada vez mais Spartacus é levado a situações que podem o tornar mais parecido com os romanos, e com isso ele é sempre posto a prova para demonstrar seu caráter. Devo dizer que o personagem que dá nome a série é muito bem interpretado pelos dois atores. Sim, dois atores, pois o primeiro Andy Whitfield, faleceu devido a um câncer após gravar a primeira temporada. Ele então fui substituído por Liam McIntyre, que conseguiu fazer um trabalho espetacular. É realmente difícil dizer qual se saiu melhor, pessoalmente tendo um pouco mais para Andy, pois acho que ele passava mais raiva em seu olhar.
Muitos outros personagens acompanham Spartacus desde o início, e claro alguns morrem, afinal estamos falando de gladiadores. Crixus, o melhor gladiador do Ludus Batiatus, tem um relação de ódio e irmandade do início ao fim. É incrível como horas você adora o personagem, e em outras você deseja do fundo do coração que alguém o mate logo! O doctore (professor) Oenomaus é outro que nos cativa desde o início. É ele que ensina a nós e aos gladiadores tudo sobre o Ludus, desde como ser um verdadeiro guerreiro até o significado de lealdade.
Não faltam personagens para serem odiados: o próprio Batiatus, Glaber (o comandante romano que transforma a vida de Spartacus), Ashur (porque tem sempre que ter um fdp né?), Júlio César (sim, é quem você está pensando) e Crasso (patrício, general e político) são alguns exemplos!
Um ponto muito importante da séries são as mulheres: são os homens que agem, mas são elas as responsáveis por praticamente todos os movimentos estratégicos e revira-voltas. Começando com a mulher de Spartacus, Sura, que como já mencionei, guia todas as decisões do herói, mesmo após sua morte. Xena Lucrétia é tão ambiciosa (ou mais) do que o próprio Batiatus. Ilithyia começa como uma incógnita, mas a cada capítulo demonstra como o apoio, ou a falta dele, de sua mulher pode influenciar em suas conquistas. Muitas outras, inclusive muitas escravas, são MUITO importantes para o contexto. Aqui vale destacar Mellita, a mulher de Oenomaus, que tem função crucial para o personagem que mais me prendeu a série.
Gannicus! É o antigo campeão do Ludus Batiatus, o único que conseguiu sua liberdade. É um fanfarrão que só quer saber de 3 coisas: matar, beber e pegar a mulherada (pra não falar o português correto né?). É metido, sabe que briga mais que todo mundo, mas mesmo assim… não dá pra não adorar o cara! Acaba se tornando uma peça fundamental na história e é quem mais sofre com as “guerras internas” envolvendo seu melhor amigo, o Doctore, e sua mulher. Talvez por isso seja aquele que mais se atira as batalhas, achando que é mais fácil travar lutas físicas do que encarar seus medos e anseios.
Espero que você tenha se interessado a série! Se ficou curioso, tem tudo lá lá na ruiva mais querida do mundo, a Netflix!
Isto fica feliz em ser útil!
