Esqueça Remember Me

Fala Khalasar, beleza?

Nunca imaginei que iria ansiar tanto para escrever sobre o quanto um jogo me decepcionou. Na verdade, o quanto um jogo me tirou do sério.

rememberme3Quando vi o trailer de Remember Me pela primeira vez, me empolguei. Gostei muito da temática (que é realmente muito boa), e tudo mais parecia bem cativante. Não comprei na época de lançamento, porque “sá como é né“, lançamento pra PS3 e afins são um bica! Então há alguns meses me tornei um assinante da PS+, e pude fazer o download “de grátis” do jogo. Ainda bem que fiz dessa forma, porque senão eu realmente teria ficado muito, muito, muito puto por ter pago mais de 100 mangos nisso!

Mas vamos lá, first things first: como disse, a temática é realmente muito boa! Gosto muito desse lance que mexe com memórias, apresentando o conceito de que tudo o que temos no cérebro (e o próprio) funciona como a memória de uma computador, ou seja, temos uma capacidade de armazenamento e ligado diretamente a isso, temos os arquivos (memórias) que podem ser editados. Mais que isso, as memórias podem ser compartilhadas (e roubadas e quaisquer outras coisas que você consiga pensar), e tudo isso através de um dispositivo chamado SENSEN.

Ótimo, partindo disso o jogo é ambientado em Neo-Paris no ano de 2084, um futuro distópico onde essa tecnologia de edição de memórias foi desenvolvida. E (é claro) uma empresa tem o controle sobre a tecnologia, e a utiliza da forma que bem entende. Assim como em tudo na vida temos pessoas a favor da tecnologia e pessoas contra, e sua personagem, Nilin, é uma das erroristas (terroristas que são contra a tecnologia) mais famosas.

rembmer_me_02Ao iniciar o jogo, você está com amnésia e sua principal missão é a de resgatar suas memórias e habilidades. Até aí, tudo lindo! O problema é que a Capcom e a Dontnod cagaram relaxaram na jogabilidade. A primeira vista você acha que é algo como a maioria dos games (e em boa parte realmente é), mas alguns probleminhas acabam deixando o jogo insuportável. E nem estou reclamando dos combos já pré-programados, isso você se acostuma, mas a câmera se perde muito fácil e faz com que você apanhe (muito) dos seus inimigos. Algumas partes você simplesmente tem que torcer para ter sorte de que a engine não te sacaneie atrapalhe, e acredite, isso acontece muitas vezes, pelo menos 1 vez por cada capítulo.

Isso chegou a me irritar tanto que pensei seriamente em parar de jogar. E isso pra mim é algo inconcebível, porque eu simplesmente não consigo não terminar algo que começo (agora imagine meu desespero quando começo a ver uma série ruim). Estou escrevendo o post sem ter terminado o jogo, ainda jogando o último capítulo e torcendo para que o final de tudo salve todo o maldito esforço.

Um outro ponto que achei que foi mal-aproveitado é o “poder” que Nilin tem de editar as memórias das pessoas. Até agora existiram apenas 3 situações que pude entrar na mente de outros personagens e brincar da forma que bem entendo (apesar de ter uma sequência correta para dar continuidade a história). Isso sim eu gostei muito de fazer, mas como disse, poucas vezes.

Por esses pontos eu realmente não aconselho você a gastar seu rico dinheirinho com o jogo, a não ser que ache por um preço até uns R$30,00 reais, está mais do bem pago.

Fiquei realmente decepcionado por um jogo com tanto potencial, com uma temática tão legal e um gráfico bom deixar tanto a desejar.

 

 

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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