Divertida Mente É Mais Melancólico do Que Você Pensa

Lançado originalmente na França no dia 17 de Junho de 2015, sob a direção de Pete Docter e Ronaldo Del Carmen, o filme Divertida Mente da Pixar veio para encher nossos corações de fofura e um tanto de melancolia também.

Você provavelmente já sabe, mas o filme fala sobre emoções. Literalmente.

A personagem principal não é a garotinha de 12 anos que se chama Riley. Na verdade, toda a atenção é voltada para as emoções que estão na cabeça dela, representados pela Tristeza, Nojinho, Raiva e Felicidade. Todos são sentimentos crus, por assim dizer, não tão difíceis de entender para quem tem 22 anos, como eu.

Algumas críticas dizem que este novo longa da Pixar pode ser o mais novo fenômeno de animação. Apesar de não considerar a animação tão incrível quanto a maioria das pessoas vem dizendo, creio que é sim memorável que um filme tente comunicar e explicar sentimentos na adolescência, para as crianças que estão no cinema.

Aposto que você já leu O Pequeno Príncipe. Se não leu, muito provavelmente já ouviu falar pelo menos uma vez na vida. Mas qual é a relação entre divertidamente e o famoso livro escrito por Antoine de Saint-Exupéry? O seguinte:

Ambas as histórias tentam ensinar a importância dos sentimentos. Apesar de O Pequeno Príncipe abordar os sentimentos de uma maneira mais aprofundada e poética, Divertida Mente faz o possível para mostrar as emoções de forma mais nua e crua, pois todos sabemos que não tem coisa mais difícil de entender na vida do que os seus sentimentos caóticos durante a adolescência.

Divertida-menteO que mais gostei no filme foi que, ao mesmo tempo em que se mantêm aquela atmosfera humorística, também é possível perceber um clima mais obscuro por baixo das brincadeiras e desastres que acontecem no decorrer do longa, coisa que só quem é mais velho consegue entender e identificar (muitas vezes por experiência própria).

 

Em vez de manter-se no clichê de que “temos que nos manter felizes”, a história mostra que a tristeza é tão importante quanto qualquer outra emoção e que, muitas vezes, é ela quem faz você evoluir na vida, e tornar-se uma pessoa melhor. Admito que a cena que me trouxe esse conhecimento, logo no final, fez meus olhos marejarem, pois me identifiquei com o dilema da Riley, mesmo tendo 10 anos de diferença entre mim e a personagem.

O filme ensina que o arrependimento não é necessariamente uma coisa ruim. Pode ser construtivo. Pode até tornar-se uma lembrança boa.

Este texto não foi exatamente uma resenha, acho que foi mais um post sobre o que penso do filme e sobre a memorável coragem da Pixar de fazer-nos pensar, como adultos, que os sentimentos são complicados à sua maneira, mas você só consegue entendê-los quando finalmente resolve encará-los.

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Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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