Crítica: Thor – O mundo sombrio!

Antes de começar com a crítica, vem um desabafo: Sei que ter acesso diário à internet é um tanto quanto perigoso, pois, você sempre estará rodeado de informações e a cada minuto uma informação toma a frente e outra se torna velha e assim sucessivamente. Informações demais sobre algo relativamente novo é, sempre foi e sempre será spoiler. Então já te adianto que não spoilarei sobre o filme e apenas explanarei um pouco sobre a obra e levantarei alguns pontos que te gerarão (ou não) a vontade de ir assistir. No final da crítica, é claro, seguirá a minha opinião final seguida da nota.

Ou seja: sem textos tendenciosos e sem contar detalhes sobre a trama, vamos ao mais novo filme da Marvel Studios: Thor – O mundo sombrio.

O longa possui nomes de peso! Só estrelas do mundo nerd e olha que nem estou falando dos atores. Sim, isso mesmo, estou me referindo a equipe que está por detrás do filme. Os que não aparecem nas telonas e fazem toda a magia da sétima arte! Veja bem:  O filme foi dirigido pelo Alan Taylor e roteirizado pelo trio parada-dura:  Christopher Yost, Christopher Markus e Stephen McFeely!

 

Para compreender a importância de cada um, vamos aos seus respectivos feitos:

O Alan Taylor não é um diretor de longa metragem, muito pelo contrário, Thor: The Dark World é o seu terceiro longa. Mas não pense que ele é leigo no assunto por causa disso. O Alan é conhecido no mundo geek por dirigir episódios fantásticos das séries mais fodas do momento! O sujeito dirigiu episódios de Traders, Oz, Now and Again, Sex and the City, Lost, Law & Order, Mad Men e a tão amada Game of Thrones! Já deu para perceber que de continuação o cara entende, né?

 

Se a direção já não fosse bem interessante, o trio de roteiristas é ainda mais!

O Christopher Yost roteirizou algumas animações da Marvel (Next Avengers: Heroes of Tomorrow e Hulk vs Thor/Hulk vs Wolverine) e alguns episódios daqueles desenhos que assistíamos todas as manhãs, como X-Men Evolution, The Batman, Fantastic Four: World’s Greatest Heroes, Teenage Mutant Ninja Turtles, Wolverine and the X-Men e The Avengers: Earth’s Mightiest Heroes!

 

A dupla Christopher Markus e Stephen McFeely dispensa quase todos os comentários. Eles são roteiristas das telonas e não é de filminho não! Eles simplesmente roteirizaram os três filmes da The Chronicles of Narnia (The Lion, The Witch and the Wardrobe, Prince Caspian e The Voyage of the Dawn Treader), Captain America: The first avenger (e também roteirizaram o segundo que lançará ano que vem!) e No Pain, No Gain. Que dupla, não?

 

Porém, o mais novo filme da Marvel Studios possui um antecessor não muito firme e que gerou muitas críticas negativas envolvendo um possível futuro para a franquia do asgardiano. Independente de qualquer coisa o filme do loirão iria ter que enfrentar dois desafios: O primeiro é o mais importante: Dar o segundo passo na segunda fase cinematográfica da Marvel (visto que muitos fãs não gostaram do terceiro filme do Homem-de-ferro) e passar uma segunda-impressão positiva do herói para a massa não-leitora de quadrinhos. Confesso que fiquei mais convicto de que o filme não seria ruim assim que contemplei a reestruturação da equipe criativa. Mas ainda sim não botaria a minha mão no fogo.

 

Ao entrar no cinema, já fui mais confiante, me acomodei na cadeira confortável e fiz um ritual que poucos fazem: Deixei de lado toda a minha paixão por quadrinhos e ignorei completamente o fato do Thor estar no meu top5 de heróis preferidos e esperei pacientemente por algo que apenas me agradasse e me fizesse sair do cinema satisfeito. Ao assistir, ignorei a beleza dos atores (confesso que foi difícil) e analisei o filme como um todo. Analisei o filme como o segundo capítulo de uma trilogia e como apenas mais uma peça do incrível desenrolar do universo cinematográfico da Marvel. Mesmo depois de tantos detalhes a serem julgados e analisados, consegui sair do cinema mais do que satisfeito (o que é muito difícil por sinal)!

 

O filme ostenta um arquétipo viking que só encontramos nas adaptações das  inesquecíveis obras do Tolkien, além de muitas referências à antiga cultura que chegam até a emocionar os simpatizantes da mitologia. Por outro lado, por se tratar de mundos diferentes e dobras intergalácticas, o filme tem uma temática Sci-fi que te tira o fôlego! Misturar o tema medieval com o futurismo é uma aposta um tanto ousada. É apostar que os fãs de Star Trek e de Game of Thrones irão sair do cinema de mãos dadas. Já conseguiu imaginar isso? É, então, em Thor: The Dark World deu certo!

Impressionantemente todo o desenrolar da trama fora arquitetada nos mais singelos detalhes. O filme não explica o porque das coisas, ele simplesmente mostra e você pega as referências e vai montando o quebra-cabeça. A cada minuto você se envolve mais com o desfecho da história e isso é bastante animador! Há alguns clichêzinhos, mas que filme não tem? O cenário já é bem sombrio por si só (pelo perdão do trocadilho ao nome do filme), quebrar um pouco o clima ficou até interessante.

 

Além disso, este é um daqueles filmes que você sabe que só possuem incríveis cento e vinte minutos de duração e nos últimos cinco minutos são tão incríveis, mas tão impressionantes que quando a tela fica preta você implora a todos os deuses que o filme tenha mais cem minutos. O final te gera um milhão de perguntas sobre “como será o futuro da franquia do Thor?” e na interligação com os vingadores, porém, todas as respostas vem através de duas cenas pós-créditos. Isso mesmo, sabe aquelas cenas que aparecem entre os créditos do filme? Então, neste filme há duas. Uma falará sobre o futuro do asgardiano e a outra sobre o desenrolar da segunda fase da Marvel. Não ouse perder, sério!

 

O filme ganha um merecido 8. Sim, o filme é bom, mas não é o filme mais incrível do mundo pra merecer um 10. O fato de ter gostado do filme não torna o filme bom, apesar de que, neste caso, é um bom filme. Ele retratou muito bem o personagem dos quadrinhos e se encaixou com louvor no arco dos vingadores como também se firmou como uma franquia de sucesso assim como o Homem-de-ferro foi. Além de uma fotografia impecável (palmas para o Kramer Morgenthau!) e do enredo que dispensa todo e qualquer comentário. Confesso que as piadas deixaram um pouco a desejar. Não que sejam chatas, mas, o clichê é um pouco que desnecessário. Ser engraçado é uma coisa, mas previsível é outra…

Em todo o caso: Se você é daquele tipo de pessoa que gosta da mitologia nórdica e se amarra no tema sci-fi, porque você ainda não foi ver?

Nerd: Novo Nerd

O projeto e a paixão de uma equipe de Nerds que gosta tanto de suas esquisitices que não consegue se conter. Afie sua espada, prepare seu golpe poderoso, pegue seus power converters e embarque nesta estrada, porque, meus amigos, “it´s gonna be Legen… wait for it… DARY! LEGENDARY!” - SO SAY WE ALL.

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