Blade Runner 2049

Estreou esta semana nos cinemas o filme Blade Runner 2049. Como muitos conhecem, é uma continuação do  clássico de 1982, Blade Runner.

Esta continuação é dirigida por Denis Villeneuve, tendo roteiro de Michael GreenHampton Fancher (roteirista original de Blade Runner). No elenco temos Harrison Ford (Rick Deckard), Ryan Gosling (‘K’), Dave Bautista (Sapper Morton), Robin Wright (Lieutenant Joshi0), Ana de Armas (Joi), David Dastmalchian (Coco), Sylvia Hoeks (Luv), entre outros.

Blade Runner 2049 09Este filme se passa 30 anos após os acontecimentos do primeiro (2019 – 2049). Um Blade Runner (‘K’) está caçando replicantes quando se depara com uma misteriosa ossada enterrada de uma replicante. Isso faz com que ele comece a investigar a origem desses ossos e descubra algo que pode mergulhar o que resta da sociedade em total caos. Assim, ele bate de frente com a empresa criadora da replicante: a Tyrell Corporation, para descobrir a origem da replicante e atrai a atenção de Luv, uma replicante encarregada de chefiar a corporação em nome de seu patrão.

À partir daí, K inicia uma procura por um Blade Runner que desapareceu há 30 anos, Rick Deckard, em busca de respostas para tudo o que está acontecendo nesse caso. E Luv o segue.

Blade Runner 2049 07Levando em consideração o primeiro filme, esta sequência menciona muitas coisas que ocorreram no anterior, e traz novos dilemas e problemas bem interessantes. Enfatiza o dilema presente no anterior sobre as memórias de um replicante, quais são falsas e quais são verdadeiras? Pois agora é proibido utilizar memórias reais, apenas falsas que foram criadas. E se surgir uma memória verdadeira, de quem será essa memória? Continua existindo a crise existencial de um replicante, mais conflitante que nunca.

Permanece com a questão de sempre querer melhorar e aprimorar os replicantes. Outra questão levantada neste filme e que achei muito interessante, é a evolução da inteligência artificial e o impacto afetivo que causa em um replicante, pois é solitário (K). Conseguiram fazer uma personagem carismática que é uma inteligência artificial (Joi).

Blade Runner 2049 08Alguns pontos sobre o visual que gostaria de dizer, é que está bem mais trabalhado em seu visual, pois hoje em dia temos tecnologia e meios de transpor o que queremos para a tela. Parece que praticamente tudo tornou-se tecnológico, perdendo um pouco da ambientação noir do primeiro. Mas faz sentido, pois passa-se 30 anos para a frente. Mas o visual ficou muito bonito e bem trabalhado.

Outro ponto interessante que vemos no filme é que há uma busca constante para fazer com que o artificial se torne real e consiga se tornar humano, apesar das limitações que os impede. Há reviravoltas boas no filme, onde você suspeita que algo aconteça e acaba acontecendo outra coisa totalmente diferente ou suspeita de alguém e se confunde.

Blade Runner 2049 04Capturou a essência do primeiro e conseguiu dar continuidade à ele, sem que perdesse tal essência, foi possível evoluir essa narrativa e história. O filme é carregado de informação, então mesmo não tendo muita ação, em momento algum se torna parado ou cansativo e isso é excelente. No quesito sonoro, a trilha sonora me agradou bastante, fazendo lembrar partes da trilha sonora do anterior e e inovar com outras, e gostei bastante do que ouvi.

Em suma, é um filme bem feito e me cativou. Considero uma sequência muito boa e digna de continuar o legado de Blade Runner.

Nota-do-crítico-5

Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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