Baboom, por Bruno Borovac

Baboom, Jujuba, Gorda e Matilda me chamaram a atenção na 21ª Fest Comix e me conquistaram em poucos quadrinhos e logo os quis levar para casa (pois é, os cães e suas técnicas de persuasão!). Com traços, balões e personagens bem humorados Bruno Borovac nos faz dar boas risadas ao nos lembrar das delícias e os embaraços de se ter um cachorro em nossas vidas (ou dois, ou três, ou quatro…). Devorei as tirinhas em pouco tempo, sem tirar o sorriso do rosto a cada página virada! Baboom e suas irmãs vieram para ajudar a curar uma recente ferida, pois no último ano perdi meus melhores amigos, meus companheiros desde os sete anos. É doloroso, é estranho, tá tudo errado… Mas é a vida. Como dizem por aí, as mães e os cachorros deveriam viver para sempre.

Agradeço ao Bruno Borovac por esses pequenos momentos compartilhados com nossos amigos peludos, me fazendo lembrar de situações pelas quais tanto passei com os meus, que agora são estrelinhas e situações que passamos recentemente com a Petra, Rottweiler que eu e meu noivo Bruno (outro Bruno!) resgatamos no começo do ano e que estava prenha, que teve que ir embora para um novo lar mas deixou conosco a Luna, Rott-Lata que não para de morder, lamber e nos derrubar no chão. A Petra, seus filhotes e todas as famílias que conhecemos procurando donos para eles nos proporcionaram uma experiência ao mesmo tempo maravilhosa e cansativa de cuidar dela e de nove filhotes numa casa onde tinha três gatas e duas cachorras que tínhamos que manter longe dela para que não brigassem.

Quem nunca pensou naquele momento desesperador em chamar o César Millan, ou o Dr. Pet? Que protetor de animais nunca rolou na cama de noite sem conseguir dormir pensando naquele cachorro ou gatinho que viu na rua e não pode trazer pra casa porque já está cheia de animais? Que amante dos bichinhos nunca abriu mais um espaço no coração e na casa para acolher um peludo precisando de ajuda? Que peludo deixa de retribuir com um amor incondicional e babão?!

Baboom – tanto sob o ponto de vista dos donos quanto dos cães – nos faz refletir que ter um pet dá trabalho, sim. Mas que a alegria que eles trazem supera quaisquer inconvenientes. O amor incondicional deles é o que nos ensina a amar, as peripécias que aprontam nos fazem rir (e chorar de desespero quando a bagunça passa dos limites, haha!) e a saudade que eles deixam quando partem nos faz reconsiderar tudo, aprendendo a dar valor para eles e para as pessoas quando elas ainda estão ao nosso lado… Pois quando eles não estiverem mais por aqui para te receber com o rabo abanando e lambidas depois de um dia difícil você vai perceber que todo o tempo que passaram juntos sempre vai parecer pouco, e que grande parte sua vai junto com eles. Mas o consolo disso tudo? Você percebe que eles deixaram grande parte deles com você, junto com as memórias incríveis que vão nos acompanhar quando eles não puderem mais estar aqui para fazer o mesmo.

Parabéns pelo trabalho, Bruno! Acho que deixar você saber que tocou um coração de alguém que compartilha de seu amor pelos peludos é um dos maiores elogios que posso fazer a você! Para conhecer mais aventuras de Baboom, suas irmãs e seus pais clique aqui!

Nerd: Evelyn Trippo

I just have a lot of feelings, e urgência em expressá-los. Tradutora (formação e profissão), aspirante a escritora e estudante de projetos em games. Pára-raio de nerds, exploradora de prateleiras em sebos e uma orgulhosa crazy pet lady.

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