Ayrton Senna de(o) coração!

Fala Khalasar, beleza?

Há 20 anos, o mundo perdia um de seus maiores esportistas, o Brasil perdia um de seus maiores ícones, as pessoas perdiam uma de seus maiores ídolos e uma família perdia muito mais que tudo isso: seu filho, irmão, primo. Perdia o “Beco“.

Ayrton foi (em minha modesta opinião) o maior corredor de todos os tempos. Mesmo não sendo o que ganhou mais títulos, ou corridas ou pole positions, ele corria em uma época onde o fator humano contava muito mais.

Mas não estou aqui pra falar tudo aquilo que os jornais, canais de tv, revistas e qualquer outro meio já cansou de te entupir de informação sobre ele.

Estou aqui pra falar o que Ayrton Senna significava para mim. Sim, para mim. Eu não costumo entender a fixação que a maioria das pessoas tem por celebridades. Aquela histeria que toma conta, aqueles gritos, a vontade de ficar horas em filas pra ver um show. Enfim, pra mim não faz o menor sentido, mas não quero julgar ninguém (apesar de achar que isso é falta dos pais darem mais valores e atenção aos filhos). Mas em algumas poucas celebridades eu consigo enxergar uma “fonte de inspiração” verdadeira, que transmite algo que fará diferença na vida de alguém. Sentia isso com os Mamonas Assassinas (por isso até foram tema de um post meu) e também Senna.

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Senna foi importante pra mim, basicamente por 2 razões:

  • Eu tive basicamente 3 coisas que me ligavam ao meu pai: Filmes, o Corinthians e a F1. Dentro disso, minha conexão com Senna. Me lembro perfeitamente quando eu tinha entre 9 e 12 anos, que frequentava a missa aos domingos de manhã (manhã mesmo, tipo as 06:30) e voltava correndo para casa para assistir as corridas com meu pai. Foi assim que “conheci” Ayrton Senna. E assim, para passar um pouco tempo com meu pai, fui aprendendo sobre aquele piloto que encantava a todos. E foi assim que Senna me conquistou. Hoje, quando penso em Ayrton Senna, lembro de meu pai;
  • Mais do que admirar o profissional Ayrton Senna, eu admiro a pessoa. Eu era muito novo quando ele entrou com tudo na Tamburello. Estava assistindo a corrida com a família de meu pai. Aquele foi um final de semana horrível. Eu via uma nação sofrendo pela dor de um ídolo. Eu também estava triste, porque eu gostava de ver as corridas (e também porque comecei a imaginar que não teria mais aqueles momentos com meu pai, o que acabou acontecendo), mas não entendia direito o porque de tanta comoção. Comecei a querer saber mais sobre a vida de Senna, e foi então que descobri algo incrível: ele era apenas um homem! Um gênio no que fazia, mas um homem como qualquer outro, com tantos defeitos como qualquer outro! E isso me fez admirá-lo: eu percebi que podemos inspirar as pessoas, apesar de (tudo). Eu gosto desse tipo de gente sabe? Aqueles que enfrentam a realidade e as consequências apesar de seus defeitos e/ou limitações. Por isso nunca gostei muito do Super Homem! É muito fácil tomar uma bala, quando a bala não pode te fazer nada. Foda é ser o Homem-Aranha que tem que desviar da bala, senão rola funeral depois, mas mesmo assim ele poe a cara.

Enfim, com o passar dos anos só aprendi mais e mais sobre a vida deste grande homem, que me inspirou e inspira até hoje. Espero que ele seja pra você, muito mais do que o corredor que morreu em Ímola. Que você possa fechar seus olhos, e ao pensar nele, não lembrar somente de uma grande vitória, mas de um momento especial em sua vida, uma conexão, um sonho, uma pessoa. É desta maneira que acredito que nossa vida teve algum significado. E a de Senna foi muito especial (pra mim).

Nerd: Carlos AVE César

Apaixonado por Criatividade & Inovação! Desde pequeno sempre gostei de fazer listas de filmes que tinha assistido, debater teorias e opinar sobre tudo. Em 2012 criei uma Fan Page de GOT, uns malucos botaram fé no que eu falava 1 ano depois montei um site de cultura nerd. Hoje divido meu tempo criando conteúdo para o Universo42 e estratégias de crescimento para a SKY Brasil.

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