Atômica | Review

Nesta última quarta-feira, tive o prazer de ir a cabine do filme Atômica (Atomic Blonde) no Cinépolis do JK Iguatemi. O lugar estava todo decorado com elementos que remetiam ao filme – iluminação e músicas que criaram um ambiente especial para a sessão. E ao final deram de presente cartazes bem legais da produção, tendo até coquetéis sendo oferecidos para nós – achei interessante que as pessoas que estavam no bar, preparando as bebidas, estavam vestidas como a personagem principal.

O filme é dirigido por David Leitc, com roteiro de Kurt Johnstad. Conta com a participação de Charlize Theron (Lorraine Broughton), James McAvoy (David Percival), Eddie Marsan (Spyglass), John Goodman (Emmett Kurzfeld), Toby Jones (Eric Gray), James Faulkner (Chief ‘C’), Roland Møller (Aleksander Bremovych), Sofia Boutella (Delphine Lasalle), Bill Skarsgård (Merkel), entre outros.

É um filme de ação, com mistério e suspense. Passa-se em Berlim, durante a Guerra Fria (1989) e a queda do muro de Berlim. Lorraine Broughton é uma agente disfarçada do MI6, enviada para investigar a morte de outro agente, além de recuperar uma lista de agentes em serviço, e de agentes duplos ativos. Atômica 05O filme segue a narrativa de recontagem dos acontecimentos. Ele começa com a agente Lorraine indo para uma base da MI6, a fim de ser interrogada e contar toda a trajetória em Berlim, com detalhes de tudo o que aconteceu lá. Conforme segue sua narrativa, vai mostrando por tudo o que ela passou realizando seu trabalho. Na sala de interrogatório, estão Eric Gray do MI6, e Emmett Kurzfeld da CIA. Por trás dos vidros, está o Chief C observando tudo. Atômica 03

A partir desse ponto, ela conta como foi contatar o agente infiltrado em Berlim, David Percival, o traidor Spyglass, o qual forneceu a lista de agentes, e conta de uma mulher que estava lhe perseguindo, Delphine Lasalle. Gradativamente, as coisas vão piorando para ela e ficando mais complicadas, com traições, emboscadas, perseguições e lutas. O filme é cheio de ação, com alguns momentos até meio brutais, mas bem feitos e de bom gosto. Durante todo o filme, você fica com um ar de desconfiança sobre vários personagens – e achei isso muito bom. Ter dúvidas de se Percival era agente duplo, se Delphine tinha motivos e objetivos obscuros, se tanto o superior dela, Eric Gray, quanto o representante da CIA, Emmett, tinham algum segredo ou envolvimento. E há algumas boas reviravoltas durante o filme, que me surpreenderam e das quais gostei bastante. Atômica 04

Houve uma cena de ação e lutas que pode ter  sido longa demais, mas que não atrapalhou o andar da história. Na verdade, seu prolongamento pode tê-la tornado mais angustiante e brutal por conta do estado em que se encontrava Lorraine, e tratando-se de uma cena de fuga, sua extensão é bastante compreensível. Mas em geral, todas as cenas de ação e combate foram bem equilibradas, trabalhadas e fluídas.

Com músicas que remetem a época e dão aquele agrado nostálgico, o filme tem uma ótima trilha sonora – como era de se imaginar com o trailer -, que influenciou e permeou diversos momentos e cenas.

Atômica é um filme composto com uma boa mistura: espiões, guerra fria, queda do muro de Berlim e ação, e que deve ser assistido tanto por fãs desses elementos, quanto por fãs de cinema em geral.

Nota-do-crítico-5

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Nerd: Guilherme Vares

Formado em Ciências da Computação e Pós em Jogos Digitais, aspirante à Game Designer, tendo Rpg e boardgames injetados diretamente na veia, adepto de jogos em geral e voraz consumidor de livros, séries e filmes.

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