A Salvação do Império é a Fundação! – Crítica

Sinopse: O Império Galático possui 12 mil anos. E possui pujança, grandeza e estabilidade. Ao menos em sua fachada. Mas ele está em pleno declínio, lento e gradual. E, no final, culminará com uma regressão violenta da sociedade e a conseqüente destruição do conhecimento. Alguma coisa precisa ser feita!

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Isaac Asimov consegue despertar dentro de cada um de nós uma chama que, devido a desgarradas e fracas obras, parece apagada há muito tempo. A chama da Ficção Científica. Aquela que nos deixam vidrados em cada termo, data, nomes ou referencias existentes e que permanece em nossas mentes por muito tempo. Alguns jamais esquecem as obras que marcaram suas infâncias, adolescências ou vidas adultas, e Fundação definitivamente entra nesse seleto hall para aqueles que se aventuraram pelo universo criado surgido da mente do russo.

 

Em um futuro distante o império galáctico domina a galáxia com sua expansão colonialista e megalomaníaca que teve início há 12 mil anos atrás. A ciência chegou a um patamar nunca antes imaginado graças ao domínio da tecnologia atômica, presente desde os propulsores das naves até os campos de força de proteção individual. O cientista Hari Seldon, graças ao avanço tecnológico, desenvolveu uma ciência que teve como objetivo prever  as maiores ações da humanidade através dos milênios, chamada Psico-história. Uma das previsões acaba por profetizar o fim do império galáctico e uma era de guerras.  

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Com o choque de sua previsão, o cientista acaba exilado em um planeta situado na periferia do espaço, chamado Terminus, com uma missão: a criação de uma enciclopédia galáctica responsável por guardar todo o conhecimento humano disponível até sua época, tentando assim reduzir o período de caos com a formação de um novo império. A iniciativa foi batizada de Fundação.

 

Como sempre fez com suas obras, Asimov presenteia o leitor com uma obra rica em termos científicos, uma leitura ágil e de uma qualidade imensurável na maneira de conduzir os conflitos políticos entre os planetas vizinhos a Terminus, na surpreendente imaginação para criar novas profecias e inserir naves de guerra, hologramas, campos de força e saltos interestelares nas páginas do livro e a fácil e importantíssima inclusão dos personagens Salvor Hardin e Hober Mallow, outros protagonistas do primeiro volume da Trilogia da Fundação.

 

Ao final, Asimov deixa a sede pelos próximos capítulos de sua obra através de pequenas histórias fechadas que tem como principal objetivo o que precisamos realmente enxergar: o plano geral de uma trilogia que inicia-se de forma espetacular.

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Nerd: Rafael Teodoro

Leitor sem restrições e jogador de final de semana, busco conhecimento, mas nem toda sabedoria me procura. Não me defino por rótulos, pois não entendo o que eles significam. Me considero, apenas, um apreciador da cultura geek.

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