A Morte Te Dá Parabéns homenageia slasher films e quase abusa da comédia

Fala, galerê!

Acabei de sair da cabine de imprensa do filme A Morte Te Dá Parabéns, e posso dizer com todo o orgulho que não saí do cinema traumatizada rsrs. Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa.

post_amortetedaparabensO longa foi dirigido por Christopher Laddon e traz a história de Teresa (Tree) Gelbman, uma estudante envolvida em uma irmandade de garotas tão superficiais quanto ela mesma que, na noite de seu aniversário, é assassinada por uma pessoa mascarada. A partir daí, Tree revive sempre o mesmo dia várias vezes, apenas para ser novamente assassinada pela mesma pessoa todas as vezes, até que consiga descobrir quem é seu algoz.

Eu não sou fã de filmes de terror porque sou medrosa demais, mas o trailer me passou a vibe mais leve do típico filme slasher com a fórmula que já conhecemos: o perseguidor/assassino passa o filme todo correndo atrás da mocinha (ou dos mocinhos). Nisso, o longa faz uma clara homenagem aos slasher films como Pânico, Freddy Krueger, Jason, etc. Apesar disso, não sei dizer se o filme faz jus aos companheiros do gênero. Pelo pouco que assisto de gênero terror, eu diria que não (?)

A Morte Te Dá Parabéns mistura a clássica perseguição do assassino ao mistério viver-o-mesmo-dia-várias-vezes. Ambos os aspectos já foram explorados (e muito), mas o dois juntos numa mesma história? Eu nunca vi.

Além disso, a obra dispõe de muitos momentos de comédia para aliviar a tensão (que nem é tãããão alta assim). Em um desses momentos cômicos, todos que estavam na sala deram risada: logo depois da cena em que Tree sepost2_amortetedaparabens prepara para morrer várias vezes seguidas para descobrir quem é seu assassino, começa a tocar Confident da Demi Lovato, o que foi seguido de uma sequência de cenas no mínimo hilárias, em que nossa heroína é mostrada falhando miseravelmente em encontrar o culpado por sua morte e morrendo de novo, e de novo.

Os jumpscares estão ali, mas não são usados com muita frequência, e praticamente são esquecidos do meio do filme para o final. Se você está acostumado a ver filmes de terror, provavelmente nem vai ser surpreendido por eles e logo vai começar a dar risada de algumas das cenas.

A Morte Te Dá Parabéns tem tudo: o assassino mascarado, a garota metida da irmandade, o cara tímido que é gamado na garota metida, a amiga que é mais metida que a protagonista, e um mistério que pode sim te deixar pensando durante o filme inteiro em quem é o verdadeiro assassino. Eu, pelo menos, culpei umas três pessoas no total, e justamente por te dar tantos personagens com ‘motivos’ para matar a aniversariante, você pode criar uma expectativa muito grande na sua cabeça e acabar não achando o final tão bom. Mas se você não tem uma mente tão hiperativa quanto a minha, vai ver que o final tem coerência, e casa perfeitamente com as pequenas pistas que foram dadas ao longo do filme. 

Já que a proposta do longa não é explodir cabeças ou te deixar sem sono à noite, A Morte Te Dá Parabéns não decepciona.

O filme estreia dia 12 de outubro, quinta-feira. 

Espacinho para pontos negativos

Em determinado ponto, acho que eles poderiam ter encurtado o filme como um todo; como as mesmas cenas se repetem várias vezes, é muito fácil ficar cansativo para o público. Além disso, há dois pontos que são deixados completamente inconclusivos no final: um é a explicação de Tree viver sempre o mesmo dia (que acabamos assumindo ser apenas algo cármico) e outro é a consequência que morrer seguidas vezes lhe traz – isso é citado apenas em uma situação específico no filme e jamais é revista novamente.

SPOILER (NÃO LEIA ESSA PARTE SE NÃO QUISER SABER A CONCLUSÃO DO FILME)

Acho que o final teria sido muito melhor se o assassino fosse o Carter – o garoto tímido que se apaixona por Tree e que a ajuda com uma lista de possíveis suspeitos. E sabe o que seria ainda melhor? Se Tree não descobrisse isso no final.

 

Nerd: Beatriz Napoli

Devoradora de livros, publicitária apaixonada, tem dois pés esquerdos e furtividade 0 para assaltar a geladeira de madrugada. Se apaixona por personagens fictícios com muita facilidade, mas não tem dinheiro para pagar o psiquiatra que obviamente precisa.

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